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Recados de Cavaco «não têm a ver com o Governo»

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Sócrates rejeita ser alvo das críticas do PR. Mas avisa: «quem acha que vamos parar de ajudar as empresas, desengane-se»

José Sócrates não aceita que as críticas de Cavaco Silva tenham como alvo o Governo. Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro disse mesmo que «essas palavras não têm a ver com o Governo».

«Não foi uma crítica, porque o Governo não está a fazer isso. Estamos a responder à crise com vista no futuro. Até estou de acordo com o que foi dito. O Governo não está a responder a estatísticas, por isso não sei a quem se refere o Presidente da República».

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Considerando «abusivo» da parte dos jornalistas interpretar que essas palavras são um recado ao Governo, Sócrates acrescentou que não se mete nas palavras de Cavaco Silva.

Lembrando outras críticas do PR, «ao Estatuto dos Açores, à Lei do Divórcio, à Lei da Paridade», o primeiro-ministro garantiu que essas divergências foram «assumidas dos dois lados». «Mas sempre com respeito pela cooperação institucional. Quer eu, quer o PR, temos consciência que os portugueses esperam essa cooperação».

Ainda sobre as actuais relações institucionais com o Palácio de Belém, o primeiro-ministro referiu diferenças pessoais em relação a Cavaco Silva.

«Eu e o senhor Presidente da República não temos a mesma cultura política, nem porventura até os mesmos valores políticos e por isso discordamos em muitas áreas. Mas isso não nos impede de termos respeito mútuo».

Para a oposição, Sócrates deixa um aviso: «Se pensam que podem aproveitar ou instrumentalizar o PR, julgam mal. O Presidente da República nem se envolve nem se deixa envolver no clima de pré campanha eleitoral. Ele não está a procurar interferir na acção do Governo».

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«Se a oposição pensa que vai transformar o PR no rosto da oposição está enganada. Na política cada um pedala a sua bicicleta».

Questionado acerca das suas próprias declarações acerca da «política do recado», o socialista assumiu que o PSD foi o principal alvo.

Mas voltou a reiterar que «quando alguns nos criticam por ajudar as empresas, que se desenganem, porque nós vamos continuar a ajudar»: uma reacção que inevitavelmente lembra o recado do Presidente da República sobre as «empresas submissas ao Estado».

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