A Siemens Portugal disse esta quarta-feira à Agência Financeira não ter nada a acrescentar face ao discurso que o presidente executivo do grupo alemão fez a propósito da reestruturação da empresa. Em cima da mesa está a redução de 17 mil empregos que, de acordo com Peter Loescher, vai mesmo avançar, estando por dias o acordo com os sindicatos.
Apesar de 5.250 despedimentos estarem previstos para a Alemanha, ainda se desconhece a real dimensão do corte nos outros países, sabendo-se que a Siemens pretende eliminar maioritariamente cargos administrativos, falando-se já da redução de 3.950 postos de trabalho na área industrial e 2.800 na unidade de cuidados de saúde.
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Recorde-se que, em final de Fevereiro deste ano, fonte oficial da Siemens Portugal tinha avançado à AF que prováveis cortes fora da Alemanha não chegariam a Portugal, até porque a subsidiária nacional estava em fase de contratação de algumas pessoas.
Na altura, a mesma fonte referiu que até estava «com alguma dificuldade em integrar todos nas actuais instalações». Nesse período, o grupo alemão avançava com a eliminação de 6.800 empregos e venda de fábricas na divisão Siemens Enterprise Communications.
Questionada pela AF se a estratégia de expansão em Portugal se mantém nos moldes anunciados no primeiro trimestre do ano, fonte da empresa voltou a remeter para as palavras do director-geral do grupo e não quis avançar com mais comentários.
Em conferência de imprensa em Frankfurt, Peter Loescher sublinhou a necessidade do cumprimento de um plano de redução de custos até 2010, com o objectivo de poupar 1,2 mil milhões de euros.
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