O coordenador do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte manifestou «dúvidas» em relação aos «contornos dos despedimento» dos 195 trabalhadores anunciados esta terça-feira pela Corticeira Amorim.
«Queremos, para já, conhecer a fundamentação desta decisão para podermos opinar sobre o assunto», disse Alírio Martins à Lusa.
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O dirigente sindical referiu que ao longo do dia os trabalhadores vão reunir-se em plenário para debater a actual situação e tomar uma posição.
Segundo Alírio Martins, já há algum tempo que se falava nesta possibilidade, mas «não havia nada em concreto» em relação ao número de trabalhadores a despedir.
«Os trabalhadores começaram a ser chamados ontem [segunda-feira] à tarde e quarta-feira deverão começar a receber as respectivas cartas. Vamos esperar para conhecer a fundamentação dos despedimentos para depois analisarmos a situação do ponto de vista sindical», acrescentou.
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O coordenador sindical apelou ainda a todos os trabalhadores do sector para que participem numa vigília em defesa dos postos de trabalho, agendada para sábado à noite junto à Associação dos Industriais de Cortiça, em Santa Maria de Lamas.
Alírio Martins disse recear «os efeitos que este despedimento colectivo pode acarretar para as pequenas e médias empresas da região que estão interligadas. Poderão ter um efeito devastador», frisou.
Recorde-se que a Corticeira Amorim anunciou esta terça-feira que vai proceder ao despedimento de cerca de 195 trabalhadores nas unidades de rolhas e aglomerados compósitos para fazer face ao «impacto negativo da crise global» na actividade do grupo.
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