Cinco golfinhos mortos deram à costa - TVI

Cinco golfinhos mortos deram à costa

  • Portugal Diário
  • 21 fev 2007, 21:28

Animais foram aparecendo nas praias da zona de Setúbal

Dois golfinhos foram encontrados mortos no Portinho da Arrábida durante o período de Carnaval, o que eleva para cinco o número destes animais a dar à costa na zona de Setúbal em cerca de uma semana.

«Quando vi o primeiro animal, no sábado de manhã, ele estava para lá do meio da praia, já sem cabeça, e permaneceu no local pelo menos até terça-feira», revelou Joana Santos, residente na Arrábida, à agência Lusa.

«Na terça-feira, por volta da hora do almoço, encontrei outro golfinho, este ao início da praia, tendo estado no local a Polícia Marítima», acrescentou Joana Santos, engenheira florestal no Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI).

Os dois golfinhos encontrados na praia do Portinho fazem subir para cinco o número destes espécimes a dar à costa na zona de Setúbal.

A 11 de Fevereiro, dois golfinhos - uma fêmea, já cadáver, e a sua cria, ainda com vida - foram encontrados no areal de Tróia, na zona do oceano, tendo a cria sido transportada para o Jardim Zoológico, onde viria a morrer.

Três dias depois, um outro golfinho foi encontrado, em adiantado estado de decomposição, junto aos estaleiros da Sadonaval.

De acordo com a bióloga Marina Sequeira, do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), que acompanhou o caso, «os animais encontrados no dia 11 eram golfinhos riscados e o exemplar descoberto no dia 14 seria comum ou riscado, não foi possível esclarecer».

«Em relação aos golfinhos encontrados no período de Carnaval, um era também riscado e o outro desconheço», acrescentou a bióloga, sublinhando que estas espécies são oceânicas e excluindo a hipótese de serem roazes-corvineiros, como os da comunidade do Rio Sado.

Marina Sequeira explicou à Lusa que, «golfinhos que morreram no mar há alguns dias, podem ser empurrados para a costa devido às correntes e aos ventos fortes que se registam nesta altura do ano».

A bióloga do ICN revelou ainda à Lusa que, embora estes exemplares não pertençam à comunidade de roazes do Sado, esta população tem vindo a decrescer, «contando apenas com 26 elementos», quando já chegou a ter 40.
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