Atropelamento de menina arquivado - TVI

Atropelamento de menina arquivado

  • Portugal Diário
  • 17 nov 2006, 18:40
Tribunal (arquivo)

Menina de oito anos foi atropelada por um táxi na Avenida de Ceuta, quando atravessava na passadeira. Acidente aconteceu em Abril passado. Ministério Público arquivou processo por «falta de provas»

O processo-crime relativo ao atropelamento mortal da Rafela Carina Bogas, a menina de oito anos atropelada por um táxi na Avenida de Ceuta, em Lisboa, frente ao Bairro do Cabrinha, a 29 de Abril deste ano, foi arquivado pelo Ministério Público (MP), por falta de provas.

O condutor identificado pela PSP é um taxista com 50 anos que, segundo a polícia, não terá parado na passadeira.

A notícia do arquivamento do caso foi avançada pela Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), que diz que este «é mais um caso chocante em que o estado oblitera a memória das vítimas mortais das estradas portuguesa».

A ACA-M defende que «o Ministério Público deveria ter investigado a acção do taxista que chegou em grande velocidade ao semáforo e o encontrou já verde. À época, no referido sinal, este abria primeiro para os transportes públicos, com uma faixa exclusiva. Só depois ficava verde para os restantes veículos.

A menina estava a atravessar a passadeira, quando o sinal ficou verde para os transportes públicos e não teve tempo de chegar ao outro lado da rua. O taxi não viu a menina devido aos outros automíveis parados na via.

O departamento de tráfego da Câmara Municipal de Lisboa, tinha também retirado segundos no «tempo de varrimento», impossibilitando que uma criança pudesse atravessar a via rápida que é a Av. Ceuta.

A dois dias de se celebrar o Dia em Memória das Vítimas da Estrada, a ACA-M «apela a que o estado deixe de fechar os olhos à tragédia da morte violenta nas estradas e ruas portuguesas a aja concertada e responsavelmente contra o crime rodoviário».
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