Luís Figo «desagradado» com caso BPN - TVI

Luís Figo «desagradado» com caso BPN

Luís Figo em Lisboa, 17 Outubro 2007 (foto Manuel Lino)

Futebolista termina contrato publicitário com banco no fim deste ano

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O futebolista internacional português Luís Figo está «desagradado e surpreendido» com a situação do Banco Português de Negócios (BPN), avançou Miguel Macedo, representante dos direitos de imagem do jogador, em declarações à agência Lusa.

«O Luís Figo mantém relação contratual com o BPN desde 2000 e a ligação termina no final deste ano», adiantou Miguel Macedo, confirmando que, apesar do processo que decorre, «o BPN tem cumprido com todos os compromissos».

Empresa participada da SLN geria imagem de Figo

Oliveira e Costa no conselho fiscal da Fundação Luís Figo

O responsável que lidera a International Sports Management(ISM), empresa que gere os direitos de imagem do jogador do Inter de Milão, revelou o estado de espírito de Luís Figo face ao contrato que decorre com o BPN: «O Luís Figo foi apanhado no meio de uma tempestade muito grande. O banco teve a situação que teve e o Luís não é imune. Agora, está na expectativa para perceber quais são as intenções do BPN, sendo certo que até agora têm cumprido».

Jogador vai cumprir contrato até ao fim

A relação entre aquele que foi considerado pela FIFA como o melhor futebolista do mundo e o BPN iniciou-se em 2000 e, após a renovação de contrato, feita na época de 2005/2006, prolongar-se-á até ao final de 2009. Miguel Macedo assegura que Luís Figo vai cumprir o compromisso em vigor, mesmo que não seja muito positivo para a sua imagem estar associado ao banco criado por José Oliveira e Costa, ex-presidente do BPN que está actualmente detido em prisão preventiva por suspeita de burla agravada, falsificação de documentos, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

«Ainda que indirectamente, assumo que a associação é negativa. Preferia que o caso BPN nunca tivesse acontecido», admitiu o representante da imagem do antigo capitão da Selecção Nacional.

Miguel Macedo não quis revelar os valores em causa nos contratos assinados entre Figo e o BPN desde Setembro de 2000, alegando o «segredo contratual», nem tão pouco confirmar a proveniência dos pagamentos - quando confrontado com a hipótese de os pagamentos serem realizados através das sociedades «offshores» do grupo.

Porém, na altura da assinatura do primeiro contrato, a entretanto extinta revista «Valor» apontava para uma verba de 250 mil euros (50 mil contos) por um contrato de três anos, pelo que, ao que a Lusa apurou junto de uma fonte próxima do processo, o valor global da relação entre Figo e o BPN deverá rondar um montante na ordem do meio milhão de euros.
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