Os bancos a operar em Portugal lucraram 1,075 mil milhões de euros no 1º semestre, de acordo com o boletim da Associação Portuguesa de Bancos (APB).
A mesma entidade reconhece, no entanto, que a actividade foi desenvolvida num período difícil, em que a APB destaca «as dificuldades de acesso a recursos financeiros nos mercados internacionais originada pela crise do subprime, as perdas verificadas nos mercados bolsistas e o comportamento das taxas de juro».
Isso significa que, de Janeiro a Junho as instituições ganharam 5,9 milhões de euros por dia.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a que melhores resultados obteve, registando mais de 354 milhões em lucros.
Já o BPN registou perdas na ordem dos 71 milhões de euros.
Crédito não pára de crescer
Apesar dos problemas de liquídez, decorrentes da crise financeira, a concessão de crédito a clientes registou uma subida de 11,8% nos últimos 12 meses para os 271,2 mil milhões de euros.
A componente de crédito a particular continua a ter o a maior peso, ao representar 55%, no entanto, um pouco abaixo da percentagem verificada um ano antes (55,5% em Junho de 2007).
«A principal finalidade deste segmento continua a ser a aquisição de habitação própria com cerca de 105 mil milhões de euros (mais 8,4%; mais 8,1 mil milhões de euros), muito embora o crédito ao consumo (14,9 mil milhões de euros) apresente um maior crescimento, com uma taxa de 23,9%.
Já o crédito a empresas, no valor de 108 mil milhões de euros, registou igualmente um aumento significativo (mais 11,6% em termos relativos, correspondendo a uma variação positiva de 11,2 mil milhões de euros).
Quanto ao rácio do peso do crédito de cobrança duvidosa no total de crédito a empresas e particulares foi influenciado pelo actual contexto económico e financeiro, registando uma inversão da evolução que vinha demonstrando: um crescimento no primeiro semestre de 2008 para os 2% (1,6% no final do ano transacto).
Número de balcões aumenta
Este período ficou ainda marcado pela expansão dos balcões. A rede conta actualmente com 5.707 unidades, ou seja, mais 438 balcões que em igual período do ano anterior.
O número de empregados também registou uma subida de 1.449 pessoas. Neste momento existe um total de 57.298 colaboradores, obtendo-se agora uma média de 10 empregados por balcão, ou seja, um trabalhador a menos do que no 1º semestre de 2007.
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Banca portuguesa lucra mais de mil milhões
- Sónia Peres Pinto
- 9 dez 2008, 08:34
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Crescimento do peso do crédito de cobrança duvidosa para 2%
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