Armador de barco naufragado pede respeito pelas famílias das vítimas e diz que explicações neste momento são “mera especulação” - TVI

Armador de barco naufragado pede respeito pelas famílias das vítimas e diz que explicações neste momento são “mera especulação”

  • Agência Lusa
  • AM - Notícia atualizada às 13:42
  • 4 jul, 12:10
Naufrágio em Leiria (DR)

Mergulhadores da Marinha estão a tentar entrar dentro da embarcação que naufragou na quarta-feira para poderem confirmar se lá estão os três desaparecidos, e só depois será tratada a remoção da embarcação

O armador da embarcação que naufragou ao largo de praias de Leiria disse esta quinta-feira que qualquer explicação para o incidente neste momento “é mera especulação”, garantindo que é o principal interessado em saber o que aconteceu.

Em declarações à Lusa, António Lé pediu respeito pelas famílias das vítimas e adiantou que depois dos corpos serem devolvidos à família irá abrir um inquérito para saber o que aconteceu.

“Isto hoje o que se pode dizer é tudo mera especulação, são os profetas da desgraça na tentativa de encontrarem protagonistas para forçarem uma ideia que só pode prejudicar o processo”, afirmou o armador, presidente da Organização de Produtores da Figueira da Foz.

“Há que respeitar as famílias e a comunidade, depois de tudo estar em ordem, dos corpos serem devolvidos à família, do naufrágio passar, então ai, sim senhor, vamos abrir o inquérito. Nós somos os principais interessados em saber o que se passou porque temos muito mais barcos e isto não pode voltar a acontecer de forma alguma”, garantiu o responsável.

Na terça-feira, pelas 04:33 foi dado o alerta para o adornamento da embarcação de pesca “Virgem Dolorosa” para o comando local da Polícia Marítima da Nazaré.

Dos 17 tripulantes, 11 foram resgatados, três mortes já foram confirmadas e há ainda três desaparecidos, naturais da Praia da Leirosa, na Figueira da Foz (Coimbra).

As buscas pelos três desaparecidos foram reforçadas hoje de manhã, sendo que se iniciaram também buscas subaquáticas.

Segundo António Lé, os mergulhadores da Marinha estão a tentar entrar dentro da embarcação para poderem confirmar se lá estão os três desaparecidos, e só depois será tratada a remoção da embarcação.

Em declarações à Lusa, o capitão do porto da Nazaré, João Severino Lourenço, afirmou que as buscas que se mantiveram durante toda a noite estão a ser hoje de manhã reforçadas gradualmente.

“Já houve reforço com mais uma viatura Amarok do projeto SeaWatch, patrulhas da Polícia Marítima, ‘drones’ e mais um navio da Marinha, que vai juntar-se a outro que esteve durante a noite na zona”, disse João Severino Lourenço.

O dispositivo conta ainda com os Bombeiros Voluntários da Nazaré, que prestam apoio logístico aos mergulhadores da Marinha.

Duas vítimas ainda em observação no hospital da Figueira da Foz

Dois dos 11 pescadores resgatados com vida de um naufrágio na quinta-feira ao largo da Marinha Grande, em que morreram três homens, continuam hoje internados no Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF), informou a instituição.

Em declarações à Lusa pelas 12:45, fonte do hospital disse que um dos pescadores continua em observação “pelo menos até amanhã [sexta-feira]”.

Durante a tarde de hoje, “vai ser reavaliado” o outro náufrago que permanece no HDFF, a fim de verificar se terá ou não alta nas próximas horas.

Uma das vítimas do naufrágio internado no hospital da Figueira de Foz, ocorrido na madrugada de quinta-feira ao largo das praias de São Pedro de Moel e Vieira de Leiria, distrito de Leiria, é o mestre da embarcação.

O ferido mais grave no naufrágio, de 57 anos, foi levado para os Cuidados Intensivos do Hospital da Universidade de Coimbra, com problemas respiratórios e prognóstico reservado, indicou a Unidade Local de Saúde de Coimbra no dia do acidente.

Não foi até agora possível à Lusa obter informações atualizadas do estado deste ferido.

Continue a ler esta notícia