O líder do Bloco de Esquerda comparou esta terça-feira as perdas verificadas na bolsa nova-iorquina à «queda do muro de Berlim do capitalismo», considerando inaceitável que se gastem «700 mil milhões de dólares para proteger os accionistas de orgias despesistas».
«A queda de Wall Street é a queda do muro de Berlim do capitalismo», afirmou o líder do BE, Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas no final de um encontro com a CGTP, na sede dos bloquistas, diz a «Lusa».
Sublinhando que uma das consequências da crise financeira é o aumento do risco de desemprego das «vítimas» da própria crise, Francisco Louçã criticou ainda o plano de emergência para os mercados financeiros da administração financeira, rejeitado na segunda-feira pela Câmara dos Representantes norte-americana.
«Não é aceitável reduzir pensões e, por outro lado, encontrar 700 mil milhões de dólares para proteger os accionistas de orgias despesistas», afirmou.
O «Plano Paulson», ou Lei de Emergência para a Estabilidade Económica, prevê que o governo pode recorrer a 700 mil milhões de dólares (cerca de 479,21 mil milhões de euros) para comprar os activos de maior risco detidos pelas instituições financeiras dos Estados Unidos.
Crise em Wall Street comparada a queda do muro de Berlim
- Redação
- CPS
- 30 set 2008, 15:00
Loucã diz que não é aceitável reduzir pensões
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