Será que o mercado já «bateu no fundo»? - TVI

Será que o mercado já «bateu no fundo»?

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Já não existe margem para que as acções «venham a corrigir muito mais»

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Os analistas continuam a prever um crescimento dos resultados empresariais na ordem dos 15% para os EUA e 10% para a Europa, previsões que, com a actual conjuntura se tornam «manifestamente exagerados», considera o ActivoBank7.

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Segundo uma nota do banco de investimento, mesmo se considerarmos um crescimento claramente «mais moderado», ou mesmo negativo, podemos concluir que «já não existe margem para que as acções venham a corrigir muito mais».

Segundo uma análise do «Deutsche Bank» para o universo de acções europeias, as actuais cotações incorporam já 80% a 90% da redução de resultados que é expectável numa recessão económica. Desta forma, o potencial de descida das acções até ao final do ano será de cerca de 5% para um cenário de recessão, mas o potencial de subida é de 19% para um cenário de crescimento em linha com a tendência de longo prazo, e de 30% para o cenário considerado mais provável por estes analistas.

Os mercados já registaram no passado correcções superiores a 20% (como em 1998), antes de retomarem um ciclo ascendente. Será o caso de 2008? A Reserva Federal norte-americana (Fed) parece disposta a utilizar as suas decisões de política monetária para ajudar a prevenir a recessão nos EUA, sendo já antecipado pelo mercado que a descida da taxa de referência no final deste mês seja de 0,75%, para 3,50%. A confirmar-se, será a maior descida das últimas décadas e pode ajudar à recuperação.

Dúvidas só devem começar a ser dissipadas no 2º trimestre

Por outro lado, tem sido divulgado o aumento da compra de acções por parte de quadros das próprias empresas, tanto nos EUA como na Europa, o que normalmente é um indicador favorável para a evolução futura dos preços.

Naturalmente, permanecem riscos para a economia, sobretudo por não existirem certezas quando à real saúde do sistema financeiro e à amplitude das perdas com as crises do mercado subprime, refere o banco. «É possível que as dúvidas só comecem a ser dissipadas no 2º trimestre deste ano», acrescenta a mesma nota.

«Não havendo neste momento lugar para optimismos extremos, esperando-se um ano particularmente volátil, as actuais valorizações parecem já descontar um cenário muito negativo para os resultados das empresas, pelo que mantemos a convicção que 2008 será um ano rentável para os investidores em acções», rematam.
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