Lisboa e Madrid de mãos dadas nas perdas

A bolsa de Lisboa partilha o pessimismo com a praça de Madrid, apesar de contrariar o resto da Europa. A banca penaliza de ambos os lados da fronteira.

O PSI20 recua 0,32% para os 8.035,47 pontos, com seis títulos no verde, um inalterado e os restantes 13 a pressionar.

O BCP recua 0,62% para os 0,80 euros e o BES afunda 1,88% para os 4,21 euros.

Também o peso pesado das telecomunicações, a Portugal Telecom desliza 0,40% para os 7,65 euros, no dia em que os analistas do Caixa BI apontam para um aumento de 22% dos lucros em 2009. A operadora apresenta contas no próximo dia 11 de Fevereiro. Além disso, ontem a acção valorizou quase 3% graças à notícia da possível fusão entre Telecom Itália e Telefónica, que poderá permitir à PT acordo para Vivo no Brasil, o seu activo estrangeiro mais importante.

Ainda a CMVM derrapa 1,69% para os 6,15 euros, depois da brasileira Votorantim ter recebido «luz verde» do regulador português (CMVM) para avançar com um acordo com a Caixa Geral de Depósitos. Este determina que a maior cimenteira brasileira poderá manter uma participação minoritária na portuguesa nos próximos 10 anos.

No lado oposto, a Galp soma 1,27% para os 11,94 euros. A EDP alcança 0,385 para os 2,84 euros.

Na Europa, os principais índices seguem no verde, no dia em que começa um ciclo de dois dias de reunião do Banco de Inglaterra. No entanto, a decisão sobre a taxa de juro será conhecido só amanhã. Além disso, os investidores estarão atentos a dados do outro lado do Atlântico.

Hoje, serão divulgados, à hora de almoço de Lisboa, os números do emprego no sector privado nos EUA. Mas poderá ser difícil para os mercados manterem o rally após dois dias consecutivos de ganhos.

Ontem, os três principais índices norte-americanos fecharam em alta graças a resultados empresariais melhores que o esperado, à estabilidade no mercado imobiliário e às vendas de carros.