Lisboa: Carmona contra dispensas de funcionários - TVI

Lisboa: Carmona contra dispensas de funcionários

  • Portugal Diário
  • 18 jun 2007, 19:38

Proposta por António Costa. Candidato do PS quer dispensar mais de mil trabalhadores avençados

O ex-presidente da Câmara de Lisboa e candidato independente às eleições intercalares, Carmona Rodrigues, contestou hoje a proposta do cabeça-de-lista António Costa (PS) de dispensar mais de mil trabalhadores avençados para combater a crise financeira, escreve a Lusa.

Em entrevista à Rádio Renascença, António Costa defendeu hoje que «a Câmara tem mais de 12 mil funcionários e tem mais cerca de 1.200 avenças».

O candidato socialista sustentou que «não faz sentido ter quase mais 10 por cento em avençados relativamente aos contratos de trabalho» já existentes, defendendo uma «redução drástica dessas contratações».

Em comunicado enviado à agência Lusa, a candidatura «Lisboa com Carmona», encabeçada pelo ex-presidente da autarquia da capital, classifica esta proposta de «irresponsável e demagógica» e considera revelar «um profundo desconhecimento» da realidade da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Carmona sustenta que esta medida não é «uma forma eficaz de reduzir a despesa corrente» e alerta que «a larga maioria desses avençados são técnicos e técnicos superiores qualificados, indispensáveis para o regular funcionamento da CML e dos serviços que prestam aos munícipes».

O candidato independente sustenta que a solução «eficaz», diminuindo a despesa corrente e mantendo estes funcionários «que fazem falta», pode ser feita através da criação do quadro privativo de pessoal, «que serve para suprir necessidades de serviço», uma proposta que chegou a ser aprovada em reunião de câmara pouco antes da dissolução do executivo, em Maio.

Carmona Rodrigues alerta que «a existirem rescisões de contratos com avençados», as situações devem ser «avaliadas caso a caso», repudiando «por completo que, de forma cega, se despeçam elementos fundamentais para o funcionamento autárquico».

«Estes avençados asseguram o normal funcionamento da câmara, não são assessores políticos (estes saíram quando o mandato terminou). São, isso sim, técnicos com experiência e que prestam um relevante serviço, muitos deles há já longos anos», sublinha o comunicado.
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