Hospital nega espera de sete meses

O Hospital de S. Teotónio, de Viseu, negou que existam doentes com cancro à espera de cirurgia há mais de sete meses, considerando que um relatório do Ministério da Saúde hoje divulgado tem dados «completamente ultrapassados».

Segundo avançou a edição de hoje do jornal Público, «um relatório do Ministério da Saúde revela que os doentes com cancro esperam em média por uma cirurgia 3,5 meses, que chega a atingir mais sete meses em dois hospitais do país», nomeadamente o de S. Teotónio, em Viseu, e o Centro Hospitalar da Zona Ocidental de Lisboa.

«São dados completamente ultrapassados. A notícia, conforme está dada, é falsa», afirmou à Agência Lusa Luís Viegas, do serviço de Relações Públicas e Comunicação do Hospital de Viseu.

Luís Viegas garantiu que «só ao nível do serviço de urologia é que houve algum atraso, com um tempo de espera superior ao habitual», devido à necessidade de uma avaliação aos dois tipos de tratamento ministrados (através de comprimidos ou de cirurgia).

«Mas, em Março (quando o relatório foi entregue ao Ministério da Saúde), já a situação estava mais do que ultrapassada», frisou.

Preferindo não falar em médias, uma vez que são «muito variáveis» de semana para semana e conforme a patologia, Luís Viegas assegurou que «as situações verdadeiramente urgente são tratadas de imediato».

«Há casos de pessoas que foram operadas em três ou quatro dias», sublinhou.

O Público refere que os autores do relatório defendem que «os casos deviam ser resolvidos em 15 dias e propõem que as cirurgias, em vez de se realizarem em 76 hospitais, passem a ser feitas em apenas 20».

Este foi um trabalho pedido à Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia, que tinha como objectivo «conhecer os casos de cancro em lista de espera e avaliar a capacidade de resposta dos serviços, propondo soluções para os problemas», acrescenta.