Lisboa avisa Bruxelas que vai precisar de apoios contra a seca - TVI

Lisboa avisa Bruxelas que vai precisar de apoios contra a seca

Portugal atravessa tempos de seca

O novo ministro da Agricultura, Jaime Silva, vai «alertar» esta tarde, em Bruxelas, a Comissão Europeia e os restantes Estados-membros para a necessidade de novos apoios para lutar contra a situação de seca em Portugal.

«Temos de fazer avaliação do que foi feito até agora e do que a Comissão Europeia está disposta a ajudar e só depois é que avançaremos com medidas concretas», disse Jaime Silva à entrada de uma reunião dos 25 ministros da Agricultura da União Europeia, esta manhã.

O responsável governamental decidiu convocar para quinta-feira as confederações agrícolas portuguesas para fazer o ponto da situação.

«Toda e qualquer medida que viermos a adoptar terá de ser baseada numa gestão rigorosa dos dinheiros públicos porque as disponibilidades são muito limitadas», disse o ministro.

Jaime Silva deu prioridade no apoio futuro às regiões e produtores mais afectados e enfatizou que não serão adoptadas medidas que não tenham a cobertura da Comissão Europeia.

Na reunião dos ministros da Agricultura dos 25, Jaime Silva irá também agradecer as medidas já autorizadas, pela Comissão Europeia desde o início do ano, e pedir uma resposta a pedidos ainda pendentes.

O executivo comunitário permitiu que o governo português tomasse medidas de apoio aos produtores de bovinos como a antecipação de pagamentos ou a ocupação de terrenos de pousio pelo gado, entre outras.

Lisboa espera ainda a resposta de Bruxelas a pedidos no sentido de se subsidiar a vacinação e testes de doenças de bovinos.

Na reunião de hoje, a Comissão Europeia irá apresentar uma «comunicação» sobre a gestão dos riscos e das crises no sector agrícola que poderá, no futuro, apoiar os trabalhadores rurais atingidos por situações como a de seca.

O objectivo é encontrar a melhor solução para responder às situações de crise no sector agrícola, sugerindo três opções - «seguro agrícola», «fundos mútuos» e «instrumentos de crise».
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