Catherine Deneuve e Brigitte Bardot defendem Depardieu - TVI

Catherine Deneuve e Brigitte Bardot defendem Depardieu

Gérard Depardieu

Colegas de profissão acreditam que o ator está a ser injustamente criticado pela decisão de mudar-se para a Bélgica

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A mudança de residência de Gérard Depardieu para a Bélgica, para fugir ao novo imposto de 75 por cento sobre os rendimentos dos milionários franceses, continua a dar que falar. Desta vez são as atrizes Catherine Deneuve e Brigitte Bardot que vieram publicamente defender o compatriota e colega de profissão, acreditando que este está a ser criticado injustamente.

Segundo a BBC News, Deneuve escreveu uma carta aberta no jornal «Libération» em resposta a Philippe Torreton, ator que criticou Gérard Depardieu por fugir de França «com os bolsos cheios de dinheiro».

«[O Gérard] é um grande ator e tu estás apenas a revelar a tua inveja. (...) Insultas o físico dele, o seu talento! Qual é a tua razão democrática para este tipo de condenação tão baixa?», escreveu a atriz de 69 anos, que já contracenou com Depardieu em «O Último Metro» (1980) e «Potiche - Minha Rica Mulherzinha» (2010).

Brigitte Bardot também veio em defesa do ator, chamando a atenção para a sua importância e contribuição para o cinema e a cultura francesas.

«Mesmo apesar de ele ser fã de touradas, isso não impede que ele seja um ator excecional que representa a França com uma fama e popularidade únicas», afirmou a antiga estrela de cinema, atualmente uma acérrima defensora dos direitos dos animais.

Recentemente, Gérard Depardieu anunciou a sua intenção de mudar-se para uma pequena vila belga perto da fronteira com a França. Nechin é conhecida por alojar vários milionários franceses, como a família Mulliez, dona das cadeias de lojas Auchan e Decathlon.

A mudança de residência de Depardieu está ligada ao novo «imposto para os ricos», nome usado em França à taxa de 75 por cento sobre os rendimentos que ultrapassem o milhão de euros anuais. A medida foi imposta pelo novo presidente francês, François Hollande, que em maio derrotou nas eleições Nicolas Sarkozy, o até então chefe de estado apoiado por Gérard Depardieu.

O próprio primeiro-ministro de França, Jean-Marc Ayrault, apelidou a decisão do ator de «patética» e «pouco patriótica», o que levou à alegada renúncia do passaporte francês por parte de Depardieu.

Os ecos desta notícia depressa ultrapassaram as fronteiras francófonas e chegaram inclusive à Russia, onde o presidente Vladimir Putin ofereceu passaporte russo, caso o ator assim o deseje.

«Tenho a certeza que as autoridades francesas não quiseram ofender o senhor Depardieu. Mas se ele quiser ter um passaporte russo, considere-o feito», disse Putin na televisão russa.
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