Lisboa: contra o campo de tiro em Monsanto - TVI

Lisboa: contra o campo de tiro em Monsanto

Parque Florestal de Monsanto

Apesar de haver decisão para retira estrutura, a prática continua a acontecer. «Pelos atletas que vão aos Olímpicos»

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A Plataforma por Monsanto contestou esta quinta-feira a prática de tiro no parque florestal, que, afirma, continua após um despacho do vereador dos Espaços Verdes ter determinado o fim da actividade do Clube de Tiro, escreve a Lusa.

«É lamentável que um clube de tiro, que faz uso privado de um espaço que é público, havendo uma decisão para o retirar dali, continue com a prática de tiro», disse à Lusa Manuel Verdugo da Plataforma por Monsanto.

Têm sido ouvidos tiros no local em diversas ocasiões, a última das quais durante actividades que se realizaram no Dia Mundial da Criança, a 1 de Junho, afirmou o responsável da plataforma que integra várias associações ambientalistas em defesa do parque florestal de Monsanto, como a Quercus e a Liga para a Protecção da Natureza.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do gabinete do vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes (BE), afirmou não ter conhecimento da prática de tiro em Monsanto, mas sublinhou que «se acontece é por culpa do PSD e dos partidos que votaram uma deliberação em Outubro».

A proposta em causa foi viabilizada a 15 de Outubro pela abstenção do vereador socialista das Finanças, Cardoso da Silva.

Votaram contra cinco vereadores do PS e o vereador do Bloco de Esquerda, absteve-se o vereador do PS Cardoso da Silva, o vereador do movimento Cidadãos por Lisboa Manuel João Ramos e os vereadores comunistas.

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Favoravelmente, votaram os vereadores do PSD, da lista Lisboa com Carmona, e a vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta.

A proposta deliberava que, «até que possa ser decidida a continuidade do Clube nestas ou noutras instalações, se permita retomar as actividade de tiro naquele local, de modo a permitir pagar os salários dos trabalhadores e realizar o treino dos atiradores nacionais bem como os exames a levar a cabo pela PSP no âmbito da nova legislação das armas».

O PSD argumentava, entre outros motivos, a necessidade de atletas olímpicos treinarem no clube e de ali decorrerem igualmente muitos dos exames para a obtenção de licença federativa.

Segundo fonte do gabinete de José Sá Fernandes, o processo negocial para encontrar um novo espaço para o clube de tiro prossegue.

Os serviços da autarquia já analisaram uma proposta da direcção do clube de tiro e será em breve marcada uma reunião com todos os intervenientes no processo, acrescentou a mesma fonte.

A mesma fonte afirmou que o Clube de Tiro se comprometeu, numa carta, a suspender actividade enquanto o processo negocial decorre.

Contactada pela Lusa, Carlos Duarte Ferreira, da direcção do Clube de Tiro remeteu qualquer explicação para a presidência da Câmara. A Lusa tentou obter esclarecimentos junto do gabinete do presidente, António Costa (PS), o que não foi possível em tempo útil.
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