Champalimaud: projecto apresentado hoje - TVI

Champalimaud: projecto apresentado hoje

  • Portugal Diário
  • 16 out 2007, 18:00

Vereadores conheceram hoje um «pré-projecto» do edifício

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), considerou «prestigiante» para a capital acolher a sede da Fundação Champalimaud, projectada pelo arquitecto Charles Correia, escusando-se a comentar o projecto que foi esta terça-feira apresentado à autarquia, escreve a Lusa.

«Não devo falar em concreto sobre o projecto», disse à Lusa António Costa, quando questionado sobre a volumetria do futuro edifício, cujo «pré-projecto» foi apresentado à autarquia pela presidente da fundação, Leonor Beleza, e pelo arquitecto de origem goesa Charles Correia.

O autarca da capital sublinhou que o projecto do centro de investigação da fundação visa a localização «na zona de Pedrouços, que é uma localização fantástica, mas muito sensível», na frente ribeirinha.

«Tem que haver um grande trabalho de colaboração entre a equipa criativa e a Câmara de Lisboa para que tudo possa correr da melhor forma», sustentou.

António Costa frisou ser «muito importante» para a cidade acolher o centro de investigação científica da Fundação Champalimaud, considerando igualmente «muito prestigiante para a cidade que projecto tenha sido concebido pelo arquitecto de renome mundial Charles Correia».

Charles Correia concebeu recentemente o projecto de um edifício para o Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

O autarca referiu que foi apresentado um «pré-projecto» do edifício, estando prevista para Novembro a apresentação do projecto final, que carecerá ainda de uma apresentação formal para posterior licenciamento pela Câmara.

«Foi muito bem recebido pelos vereadores», adiantou António Costa sobre a reunião desta manhã.

O projecto já tinha sido apresentado há cerca de duas semanas ao presidente da Câmara e aos líderes das diferentes listas partidárias representadas no executivo pela presidente da Fundação.

Na altura, o antigo presidente da autarquia e vereador independente, Carmona Rodrigues, destacou «a enorme importância para a cidade e para o país» deste centro de investigação, adiantando que o projecto prevê uma «construção de baixa densidade, com dois pisos acima do solo, com anfiteatro para conferências e concertos e um espaço público com zonas verdes».

Pelo PSD, Margarida Saavedra afirmou que se o edifício «estiver integrado num plano» terá o apoio dos sociais-democratas, que defendem um plano integrado para a frente ribeirinha.

A vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta sublinhou a necessidade de o projecto ser apresentado publicamente «para que a cidade e os cidadãos o conheçam».

«Estas matérias não podem ser discutidas à porta fechada», insistiu.

O vereador comunista Ruben de Carvalho escusou-se a comentar o projecto, do qual apenas hoje tomou conhecimento e que vai «numa fase de concretização muito avançada».

«Evidentemente que vemos com vantagem a sua instalação em Lisboa», afirmou.

O vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes (BE), afirmou que na reunião com Leonor Beleza foi feita uma «análise muito superficial e ficou assente que o projecto teria de ser analisado com mais detalhe e que houvesse uma exposição à cidade».

«É uma mais valia para qualquer cidade do mundo ter um centro de investigação científica de ponta mas independentemente disso temos um problema urbanístico que temos que analisar», declarou.

Sá Fernandes, que se opõe à construção na Frente Tejo, recordou o acordo que fez com o PS na Câmara de Lisboa, que estabeleceu, para a zona ribeirinha, «que não podem haver licenciamentos que se passem fora da Câmara».

O centro de investigação deverá localizar-se na zona de Pedrouços, depois de ter sido abandonada a hipótese de construção em terrenos da família Champalimaud, na zona do Cabo Raso, junto à Quinta da Marinha, no concelho de Cascais.
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