O vereador lisboeta do Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, criticou esta terça-feira os limites máximos para vencimentos de assessores aprovados segunda-feira pelo executivo, afirmando que permite salários «escandalosos» em tempo de sacrifícios, escreve a Lusa.
Segundo as contas de Sá Fernandes, a proposta aprovada segunda-feira, que mereceu o seu voto contra, permite aos assessores receber «cerca de 4.000 euros por mês», o que «desvirtua o espírito da decisão inicial» de limitar os salários daqueles funcionários e que faria com que não recebessem mais do que 3.064 euros.
«É um ultraje aos restantes trabalhadores da Câmara», afirma um comunicado do gabinete de Sá Fernandes, salientando que «numa altura em que se pedem sacrifícios a todos os funcionários, permitem-se elevadas e escandalosas remunerações para assessores políticos».
«Numa altura de crise os exemplos devem vir de cima», argumenta José Sá Fernandes, que se compromete a «cumprir rigorosamente os critérios adoptados no início do mandato», tanto em número de assessores como nos seus salários.
O vereador independente e ex-presidente da Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues tinha acusado na segunda-feira a maioria PS/BE de estabelecer salários para assessores superiores «à média da remuneração dos assessores do mandato anterior».
A proposta foi apoiada pelo PS, PSD, movimento Cidadãos por Lisboa e PCP, com abstenção dos vereadores do movimento Lisboa com Carmona e o voto contra de Sá Fernandes.
Por outro lado, a vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta explicou que «quando não se está no quadro desconta-se mais para a Segurança Social e por isso o valor bruto tem de ser maior».
Lisboa: «Assessores com salários escandalosos»
- Portugal Diário
- 16 out 2007, 22:41
José Sá Fernandes criticou os vencimentos aprovados pelo executivo
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