União da Cepsa com a Total não prevê despedimentos

O administrador delegado da petrolífera CEPSA em Portugal afastou esta sexta-feira a hipótese de despedimentos e de encerramento de estações de serviço como resultado da aquisição das operações nacionais da Total, garantindo que a aposta é «continuar a crescer».

«As 302 estações de serviço vão ter a marca Cepsa/Total e são para manter, com todos os postos de trabalho e pessoas. Com a união das actividades destas duas empresas não se equaciona essa situação», disse Luis Sobral em declarações à agência «Lusa» ao ser questionado sobre eventuais despedimentos resultantes da aquisição.

A espanhola Cepsa anunciou quinta-feira a compra do negócio da empresa francesa Total em Portugal, incluindo a rede de postos de abastecimento de combustível e posições logísticas com as marcas Total e Elf.

A nova rede de estações vai operar sob a marca dupla Cepsa/Total e será a soma das actuais 141 da Total, com 161 da Cepsa.

Segundo Luís Sobral, dentro de um mês vai iniciar-se a mudança progressiva de imagem das estações de serviço que ostentarão a marca dupla e os dois logotipos, acrescentando que «há planos de reestruturação orgânica e não vamos parar no tempo, vamos adaptar as nossas actividades aos objectivos de desenvolvimento e continuar a crescer».

Em 4º lugar e à espera de subir

O administrador delegado da CEPSA afirmou que a união com a Total vai elevar a posição da empresa no mercado português de comercialização de produtos petrolíferos.

«A CEPSA era a quarta operadora deste ramo e a Total a quinta, mas com esta união vai ficar claramente em quarto lugar e com possibilidade de subir», disse Luís Sobral.

«Vamos obter mais sinergias, em termos de logística e esperamos que o resultado seja superior à soma das duas partes», acrescentou.

Luis Sobral escusou-se a divulgar o valor do negócio, referindo apenas que o somatório da facturação das duas entidades vai superar os mil milhões de euros.

Recorde-se que a Cepsa opera em portugal há mais de 40 anos, comercializando combustíveis, carburantes, lubrificantes, gás de petróleo liquefeito, betumes e combustíveis para marinha e aviação, e começou a reforçar a sua presença a partir de 1991.