Queres um computador? - TVI

Queres um computador?

José Sócrates entre computadores a alunos (TIAGO PETINGA/LUSA)

Portáteis e internet a preços apetecíveis. Dois mil alunos e professores já receberam. Mas há mais de 70 mil na lista deste programa e-escola. Sócrates explica como e reage a acusações de show mediático. Governo em peso assinala novo ano escolar: primeiro-ministro, sete ministros e 13 secretários de Estado distribuíram computadores. Veja os diferentes escalões e preços para portáteis

Chama-se Ana Paula, tem 15 anos, e recebeu um computador portátil. Está feliz com a prenda: a mãe inscreveu-a no programa e-escola, e agora tem direito a um portátil a preços mais baixos e Internet de banda larga a custos apetecíveis. A cada nome ouvido, esta quarta-feira, nas colunas montadas na escola secundária Quinta do Marquês, um aluno no palco, um computador na mão e uma salva de palmas de colegas, pais e professores.

Foram 62 os alunos e 24 os docentes que foram para casa carregando um portátil e para o primeiro-ministro isto é sinal de «modernidade no centro do sistema de ensino». Até porque neste programa integrado no Plano Tecnológico há já mais de 70 mil pessoas pré-inscritas, candidatas a computadores com acesso à Internet de banda larga. No âmbito deste plano, todos os alunos inscritos no 10º ano poderão receber um portátil com ligação à Internet, que varia consoante os rendimentos do agregado familiar. [Veja os diferentes escalões e preços].

A escolha por este liceu de Oeiras para assinalar o início do ano lectivo - apesar de na grande maioria dos estabelecimentos de ensino do país as aulas só começarem na próxima segunda-feira - vê-se nos indicadores de sucesso da escola, apontou Sócrates que, no entanto, chamou erradamente «escola Marquês de Pombal» à secundária Quinta do Marquês. Para o primeiro-ministro para aumentar os indicadores de sucesso é preciso potenciar os indicadores da sociedade de informação» e para isso a prioridade está na Internet, banda larga e computadores.



Antes de José Sócrates, Daniel Smoot, vice-presidente da empresa Cisco, teceu elogios ao programa e não tem dúvidas de que Portugal está a fazer muito mais do que centenas de países, e mesmo comparando os esforços lusos aos da Europa, Smoot não contém um «amanzing». O primeiro-ministro não poderia estar mais de acordo: a Universidade de Brown, no seu último estudo sobre e-government em que analisou 157 países, prova que Portugal fez um longo percurso num espaço curto de tempo: de 48.º lugar no ano passado para um 7.º lugar este ano, em termos de serviços públicos on-line.

Depois de computadores s Internet a professores, alunos e adultos inscritos no Programa Novas Oportunidades - com diferentes escalões e preços -, Sócrates anunciou ainda querer a instalação da vigilância electrónica nas escolas, que irão permitir acabar com a circulação de dinheiro; mas nas salas de aulas será ainda de esperar um kit com quadro interactivo, computador, impressora e projector; a banda larga passará de 2 Mb para 4Mb.

Questionado no fim da cerimónia sobre as acusações da Fenprof, que chamou às iniciativas para assinalar o arranque do ano lectivo com 21 elementos do Governo, de propaganda e show mediático, Sócrates afirmou que é «importante transmitir uma mensagem de estímulo» a professores e alunos. «Estamos apenas a cumprir o nosso dever e quem cumpre o seu dever não está a fazer propaganda. A prioridade dada à Educação vê-se pela presença do Governo para assinalar este dia».

O Governo em peso assinalou o início do ano lectivo, com o primeiro-ministro, sete ministros e 13 secretários de Estado a distribuírem cerca de dois mil computadores portáteis a professores e alunos em estabelecimentos de ensino de todo o país.
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