Caparica: CCL faz acusações a presidente do INAG - TVI

Caparica: CCL faz acusações a presidente do INAG

  • Portugal Diário
  • 26 mar 2007, 17:00
Autarca da Caparica critica actuação do INAG

Vice-presidente do CCL diz que Orlando Borges não sabe o que é «ser campista»

A vice-presidente do Clube de Campismo de Lisboa acusou o presidente do Instituto da Água de desconhecer o que é «ser campista» ao afirmar que o parque devia estar desocupado para evitar prejuízos decorrentes do avanço do mar.

O presidente do Instituto da Água, Orlando Borges, disse hoje à agência Lusa que o parque de campismo da Costa da Caparica devia estar desocupado de tendas e roulottes.

«Porque é que as tendas não foram desmontadas ou não recuaram as roulottes, que era o mínimo que se podia fazer para que as pessoas não tenham danos», questionou o presidente do Instituto da Água (INAG).

Confrontada com as acusações de Orlando Borges, a vice-presidente do Clube de Campismo de Lisboa, Clotilde Morais, acusou o presidente do INAG de «não saber o que é ser-se campista».

«Fazer campismo não é só andar com a tenda às costas e colocá-la em qualquer lugar. O que nós temos aqui são caravanas que não são fáceis de se retirar de um dia para o outro», declarou Clotilde Morais.

A vice-presidente do CCL declarou ainda que Orlando Borges não pode «culpabilizar o clube por decisões que foram tomadas por ele», aludindo ao facto de a primeira intervenção de emergência do INAG ter sido terminada no final de Fevereiro.

De acordo com Clotilde Morais, o término das obras no local fez crer aos campistas que a situação estava controlada e que a inundação do parque de campismo não seria uma hipótese a acontecer.

«Além de nunca ter sido solicitado qualquer retiro das nossas caravanas, Orlando Borges é que fez crer que não havia qualquer perigo. As medidas de prevenção exigidas pelo INAG, pela Protecção Civil Municipal, foram sempre amplamente levadas a cabo por todos nós», acrescentou Clotilde Morais.

O presidente do INAG sublinhou que as intervenções que têm sido feitas na Costa da Caparica são em locais «completamente distintos» e que se revelaram eficazes.

A primeira intervenção, concluída no Verão do ano passado, foi na envolvente da cidade para «aumentar a segurança em relação a prédios, pessoas e bens».

«A cidade da Costa da Caparica nunca esteve nem vai estar em risco por via dessa intervenção, que custou oito milhões de euros», sublinhou.

A segunda intervenção incidiu na zona de São João da Caparica e serviu para reforçar um cordão dunar com areia, nas dunas da Costa da Caparica.

«Desde essa intervenção (no valor de 200 mil euros), concluída no início do ano, nunca mais houve qualquer problema», comentou Orlando Borges.
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