Empréstimos para a habitação abrandam - TVI

Empréstimos para a habitação abrandam

Casas

Os empréstimos para a compra de casa sofreram um forte abrandamento em Julho, tendo subido apenas 41 milhões de euros face ao mês anterior.

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Uma situação que, no entanto, não é acompanhada pelo ritmo da procura do crédito destinado ao consumo e a outros fins que, no espaço de um mês, subiu respectivamente, 102 milhões e 107 milhões de euros. Neste período, o malparado também aumentou em 39 milhões de euros, refere o «Jornal de Notícias».

Após vários meses a crescer acima dos 600 milhões mensais, o saldo do crédito destinado a habitação quase não «mexeu» na comparação que pode extrair-se do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, ontem divulgado. Comparativamente com Julho de 2006, há a assinalar uma subida da ordem dos oito mil milhões.

Já o valor da cobrança duvidosa neste segmento de crédito aumentou 14 milhões de euros (ou 85 milhões se a comparação for feita em termos homólogos), totalizando agora 1,26 mil milhões.

Relativamente ao crédito ao consumo, há a assinalar uma subida no volume de dinheiro emprestado, tendo o malparado quase ficado na mesma (mais um milhão de euros face a Junho) e descido nove milhões face a Julho de 2006.

O crédito classificado como «outros fins» também cresceu, assim como o de cobrança duvidosa (que aumentou 24 milhões em termos mensais e 23 milhões em termos homólogos).

Toda esta evolução resultou, naturalmente, num aumento do montante total dos empréstimos às famílias portuguesas, que ascendia em Julho a 121,4 mil milhões de euros - um valor que corresponde a cerca de 78% do Produto Interno Bruto.

No que diz respeito à procura de crédito por parte das empresas, o Boletim Estatístico mostra que este aumentou 7,9% em termos homólogos, ascendendo agora a 97,9 mil milhões de euros. Daquele total, 1,69 mil milhões (ou 1,73%) é de cobrança duvidosa, o que corresponde a uma subida homóloga de 4,5%.

Entre as empresas, os sectores que são responsáveis pelos valores mais elevados de empréstimos são as actividades imobiliárias (onde o total de crédito ascende a 35,5 mil milhões de euros) e a construção (com um total de 19,3 mil milhões de euros). Em ambos os sectores há a registar crescimentos homólogos e mensais, em termos de procura de crédito, o mesmo se verificado em relação ao montante do malparado.
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