Durão Barroso: «É necessária liderança e coragem política» - TVI

Durão Barroso: «É necessária liderança e coragem política»

Durão Barroso (Lux)

Presidente da Comissão Europeia referiu que a crise só pode ser ultrapassada «com solidariedade e responsabilidade»

Relacionados
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou este sábado que «o ressurgimento de egoísmos nacionais e as soluções unilaterais» não resolvem os problemas da Europa e defendeu que neste momento é preciso «liderança e coragem política».

Num discurso proferido em Lisboa na cerimónia que assinalou a assinatura, há 25 anos, da adesão de Portugal e Espanha à então CEE, Durão Barroso lembrou que para Portugal esse acontecimento «foi o corolário natural do processo de democratização», informa a Lusa.

Durão Barroso lembrou que neste momento a Europa atravessa «um período difícil com enormes desafios pela frente».

As dificuldades «em Portugal seriam seguramente muito maiores se o país não integrasse a União Europeia e se o euro não fosse a sua moeda», apontou.

«Temos de ultrapassar uma grave crise económica e financeira e isso só poderá conseguir-se no quadro europeu com solidariedade e responsabilidade», afirmou o presidente da Comissão Europeia, defendendo que são necessárias reformas estruturais para fazer face aos novos desafios globais, para aumentar a competitividade da economia europeia e para reforçar o papel da Europa na cena mundial.

«Estou convicto de que ultrapassaremos as actuais dificuldades tal como ultrapassámos outras», sustentou, lembrando que a história da construção europeia demonstra que a Europa avançou precisamente em períodos de crise.

«O momento não é para hesitações. É necessária liderança e coragem política. O ressurgimento de egoísmos nacionais e as soluções unilaterais são tentações que não resolverão os problemas estruturais», advertiu.

Para Durão Barroso, é importante que «todos, não só nas instituições europeias mas também nos Estados Membros, entendam a União Europeia (UE) como o seu projecto comum e apostem nos princípios da cooperação, solidariedade e responsabilidade nas instituições e no método comunitário que é aquele que melhor traduz o interesse geral europeu».

«Se dermos prova de vontade política estou convicto de que sairemos mais fortes deste período de transição», disse ainda o dirigente europeu, deixando um elogio ao percurso de Portugal e Espanha na UE.

Ao longo de 25 anos, os dois países «souberam estar no centro da integração europeia e, beneficiando da solidariedade comunitária, também deram e dão muito ao nosso projecto comum», concluiu.
Continue a ler esta notícia

Relacionados