[Actualizada às 22:59]
O PSD aposta no emprego como a prioridade no programa eleitoral e diz claramente que «o equilíbrio das contas públicas não é prioritário». No debate desta quarta-feira contra o PCP, Manuela Ferreira Leite defendeu o aumento do défice ajudando as PME em vez dos grandes investimentos públicos.
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Manuela Ferreira Leite sublinhou a necessidade de aliviar a carga fiscal às Pequenas e Médias Empresas que a esta altura não podem ser desincentivadas a investir.
«Os grandes lucros já estão taxados, aumentá-los seria um desincentivo para as empresas terem mais lucros, em última análise favorece o encerramento das empresas ou a deslocalização para outros países com menos carga fiscal, o que geraria mais desemprego», afiançou a líder social democrata.
Ferreira Leite voltou a insistir no investimento de proximidade como forma de ajudar o país a sair da crise, lembrando que «com o nível de endividamento em que o país se encontra, projectos como o TGV podem hipotecar as gerações futuras».
«PSD responsável pelo crescimento anémico do país»
Jerónimo de Sousa começou o debate por responsabilizar a banca, «cujos lucros abissais provocaram a crise», e, apesar de não defender a descapitalização das empresas, sublinhou que os lucros foram alcançados à custa das famílias.
O líder do PCP reafirmou a proposta de taxar a banca a 20% e pediu uma reforma fiscal corajosa, «para acabar com a desigualdade».
«O PSD está prisioneiro da ideologia e entra em nítida contradição ao não querer aumentar os impostos à banca. É preciso apostar nas exportações, não esquecer que o mercado interno tem uma contribuição chave e não esquecer a responsabilidade directa que o PSD tem no crescimento anémico do país,» sublinhou o líder comunista.
PSD: equilíbrio das contas públicas não é prioridade
- Diana Catarino Soares
- 9 set 2009, 22:27
PCP acusa PSD de deixar país em estado anémico
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