Europa lança ultimato à Grécia - TVI

Europa lança ultimato à Grécia

BCE

Governo de Atenas tem três meses para realizar cortes drásticos no défice do país

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Os ministros das Finanças da União Europeia deram à Grécia até 15 de Maio para apresentar «medidas urgentes» que assegurem a redução do défice para menos de três por cento em 2012, começando já este ano por uma redução de 4%.

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No comunicado divulgado esta terça-feira, os responsáveis das Finanças dos 27 pedem à Grécia que a 16 de Março apresente um relatório com o calendário para as medidas necessárias para a corrigir em quatro pontos percentuais o défice orçamental em 2010, que ascende já aos 12,7%, acrescentando que esse relatório deve conter «medidas adicionais que assegurem a meta».

O Governo grego terá ainda de apresentar outro relatório a 15 de Maio, com medidas adicionais que assegurem o cumprimento da redução para menos de três por cento do défice orçamental grego, em cumprimento do estabelecido no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Os responsáveis das Finanças querem cortes drásticos no défice grego para impedir que a crise se espalhe para outros países. Os ministros das Finanças sugerem mesmo uma diminuição dos gastos no sector público, com o congelamento de salários e de novas contratações, que deverá atingir 800 milhões de euros, bem como o aumento de impostos.

Reunidos em Bruxelas, os responsáveis pela pasta das Finanças também recomendaram um aumento do IVA em dois pontos percentuais e a supressão de um salário adicional atribuído aos funcionários públicos. Os ministros também defenderam um aumento de impostos dos combustíveis, da eletricidade e dos veículos de luxo.

Grécia mascarou contas

As operações complexas usadas pela Grécia para mascarar a dívida desde 2001 também foram alvos de comentários nesta reunião do Ecofin, que continua esta terça-feira, com a Comissão Europeia a querer explicações cabais sobre o expediente grego, que contou com a ajuda de bancos norte-americanos.

Ao contrário do que era esperado, os ministros das Finanças não avançaram com medidas concretas a integrar o plano de ajuda à Grécia, uma exigência dos mercados e dos investidores, que ontem pediam por pormenores sobre como a Europa podia aliviar a pressão que paira sobre Atenas.
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