Grécia: ministros da UE insistem na redução do défice - TVI

Grécia: ministros da UE insistem na redução do défice

Euro

Atenas já se mostrou disposta a reduzir «buraco» orçamental dos 12,7% para 8,7% este ano

Relacionados
Os ministros das Finanças da União Europeia (UE), reunidos esta terça-feira em Bruxelas para ratificar as medidas de supervisão da Grécia, continuam a insistir na redução do défice.

«Do nosso ponto de vista, o programa do Governo grego não é suficiente», declarou o ministro das Finanças sueco, Anders Borg, durante a reunião em Bruxelas.

Grécia: juros da dívida disparam e bolsa derrapa



Bruxelas quer audição às contas públicas dos países do euro

«Eles têm que levar a sério as medidas de correcção e são necessárias medidas mais concretas para que o país recupere credibilidade nos mercados», acrescentou citado pela Lusa.

Os gregos «devem satisfazer as expectativas» dos mercados, disse ainda o ministro sueco, sublinhando a necessidade de «medidas mais concretas no que respeita à fiscalidade e à despesa».

Os ministros das Finanças dos países da zona euro deram segunda-feira uma data limite à Grécia para avaliar se o seu programa económico actual é suficiente.

Grécia têm um mês para avançar com medidas

Atenas tem que estar preparada para adoptar, se necessário, medidas económicas suplementares até 16 de Março, data em que será feito um primeiro balanço.

Estas novas medidas deveriam incluir redução da despesa e aumento da receita, tal como um agravamento do IVA e das taxas suplementares sobre os produtos de luxo, afirmaram os ministros da UE reunidos em Bruxelas.

Os ministros dos 27 países da União Europeia devem ratificar esta terça-feira estas exigências.

O luxemburguês Jean Claude Juncker voltou a rejeitar a ideia de apelo a uma ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) a favor da Grécia.

Recorde-se que a Grécia anunciou estar disposta a tomar «todas as medidas necessárias» para reduzir o seu défice orçamental para 8,7% em 2010, menos quatro pontos percentuais que os actuais 12,7%.

O país atravessa uma crise financeira sem precedentes desde que foi anunciado em Outubro, com a chegada dos socialistas ao poder, que o défice das contas públicas ia ser de 12,7% no final de 2009, bem acima dos 3,7% previstos no início do ano.
Continue a ler esta notícia

Relacionados