Este foi o pior início de ano para acções das últimas décadas - TVI

Este foi o pior início de ano para acções das últimas décadas

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Corretora diz que BCE terá que decretar novas descidas dos juros para fazer face aos efeitos da crise de crédito

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A contracção abrupta da actividade industrial e a subida do desemprego no início de Janeiro determinaram o pior início de ano das últimas décadas para as acções, diz a F&C Investments.

Segundo a F&C Investments, no final do trimestre, as leituras dos índices ISM do sector dos serviços, bem como os níveis de confiança do consumidor e do desemprego, encontravam-se «a níveis recessivos».

«Os receios de que os bancos venham a estar expostos a perdas substanciais determinou restrições mais drásticas no mercado interbancário, forçando os intervenientes financeiros a reverterem posições alavancadas, o que precipitou o colapso do Bear Stearns, o quinto maior banco de investimento dos Estados Unidos», acrescentam.

Os dados indicaram que os efeitos da crise financeira estão a ser sentidos de uma forma mais lata, particularmente no abrandamento do crescimento dos serviços financeiros e no arrefecimento do mercado da habitação.

BCE: baixa ou não juros?

Na opinião da mesma correctora «apesar das preocupações geradas pela inflação, que atingiu o valor mais elevado dos últimos 16 anos: 3,5%, o Banco Central

Europeu terá que decretar novas descidas da taxa de juro, para fazer face aos efeitos da crise de crédito».

Nos mercados de crédito, os «spreads» continuaram a alargar e, apesar das entidades emitentes terem conseguido colocar no mercado novas emissões, os mercados secundários continuaram com problemas de liquidez.

Para a F&C Investments, «os mercados de matérias-primas foram a excepção à tendência global de descida verificada no trimestre. O petróleo, o ouro e outras matérias-primas atingiram máximos históricos no final do trimestre».

A correctora remata garantido que «no início de 2008 a confiança dos investidores foi fortemente abalada, o que determinou vendas massivas de acções, devido à iminência de uma recessão nos Estados Unidos, espelhada nos dados económicos divulgados», acrescentando que «apesar da recuperação em Fevereiro, os mercados mantiveram-se voláteis devido às instabilidades verificadas no sistema financeiro e à reversão forçada de posições alavancadas».
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