Aprenda a investir as suas poupanças - TVI

Aprenda a investir as suas poupanças

Aprenda a investir as suas poupanças

Poupar é cada vez mais difícil. Por isso mesmo, quando aplica o dinheiro que tão arduamente põe de parte no fim do mês, convém saber o que está a fazer.

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Como sabe, existem no mercado inúmeros produtos e aplicações financeiras onde pode investir as suas poupanças e pô-las a render. O melhor é analisar e comparar vários e também escolher vários. Ou seja: diversifique as suas aplicações. Por os ovos todos no mesmo cesto nunca foi boa política.

Os diferentes produtos têm também diferentes níveis de risco. Os mais arriscados têm taxas de rentabilidade mais elevadas e os mais seguros rendem menos. Quanto mais seguro for o investimento, mais baixo é o juro ou rendimento final.

Cuidado com alguns depósitos a prazo

Os depósitos a prazo, por serem mais seguros, são os mais procurados para aplicação de poupanças. Contudo, apresentam pouca rentabilidade. A DECO aconselha a negociar a taxa de juro. Neste capítulo convém deixar um alerta, relativo a alguns depósitos novos que têm surgido no mercado mais recentemente. Os depósitos chamados «especiais» ou «super depósitos», prometem um rendimento que pode ir até 10% mas depois, na verdade, chegam a render menos de 1%. Atenção para não comprar gato por lebre.

Os certificados de aforro têm como atractivo o prémio de permanência (0,2% líquidos por cada semestre decorrido, até ao máximo de 1,6% que é atingido no início do 5º ano), a somar à base.

Evite os produtos estruturados

A DECO aconselha os investidores a evitarem os produtos estruturados (denominados ICAE). Estas aplicações financeiras podem ser de curto, médio e longo prazo, têm remuneração variável, a qual está dependente da evolução de outros activos, designados por «activos subjacentes», que podem ser desde uma acção ou um cabaz de acções a um ou mais índices accionistas ou obrigacionistas, uma taxa de juro, uma taxa de câmbio, etc.

Estes produtos são normalmente aconselhados pelos bancos mas a verdade é que nesta matéria os bancos não são os melhores conselheiros, porque acabam por ser «advogados em causa própria», ou seja, recomendam os produtos que eles próprios têm à venda.



A maioria dos produtos estruturados, alerta a DECO, «não rende o que é anunciado e alguns nem sequer garantem o capital investido. Caso necessite efectuar o resgate antecipadamente, atenção porque pode perder uma boa parte do investimento».

Pode também subscrever um PPR, «mas cuidado com as comissões», refere a DECO. «Nunca aplique mais que o essencial para obter o benefício fiscal, isto é, entregas anuais entre 1.500 e 2.000 euros, consoante a sua idade. Verifique, porém, a penalização por mobilização antecipada».

Tenha em atenção que muitas vezes o rendimento anunciado corresponde a um valor máximo bruto que muito dificilmente poderá ser alcançado ou que apenas respeita a um pequeno período promocional.
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