Pensões «douradas»: saiba quanto é que vai perder

PSD e o CDS querem aumentar substancialmente a contribuição extraordinária que incide sobre as chamadas pensões «douradas» ou de valor superior a 5.030 euros mensais. Mas importa perceber quanto é que essa contribuição vai pesar no final do mês.

Vamos a contas:

Nas pensões acima de 5030,64 euros (12 vezes o Indexante de Apoios Sociais) a proposta é para que sejam taxadas em 25 por cento na parte que exceda aquele montante. Assim, numa pensão mensal de sete mil euros serão subtraídos os tais 25 por cento, o que dá uma redução de 493 euros. No final do mês o pensionista recebe 6.507 euros.

Ao mesmo tempo, para as pensões que excedam 18 vezes o Indexante de apoios Sociais, cerca de 7.545 euros, a contribuição extraordinária será de 50 por cento sobre a parte que exceda aquele montante. Aqui, o corte de metade, numa pensão de 10 mil euros iria equivaler a uma redução de 1.857 euros, ou seja, o pensionista receberia 8.143 euros.

De acordo com a Proposta de Lei do Orçamento do Estado, no próximo ano será mantido o actual valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) das pensões e outras prestações sociais. Assim, para o próximo ano, o valor correspondente ao IAS será novamente de 419,22 euros.

Recorde-se que, nas muitas propostas de alteração à proposta de lei de OE2012 entregues ao final da noite no Parlamento, o PSD e o CDS determinam que «as pensões, subvenções e outras prestações pecuniárias de idêntica natureza, pagas a um único titular, são sujeitas a uma contribuição extraordinária de solidariedade».

Além de cortar nas pensões douradas, a maioria quer ainda cortar as subvenções vitalícias dos políticos.