Chamartín tem projectos em «stand-by» por causa da crise - TVI

Chamartín tem projectos em «stand-by» por causa da crise

Jaime Lopes, CEO da Chamartín Imobiliária

Grupo vai investir 1,5 mil milhões de euros na expansão internacional

A crise financeira internacional e as dificuldades de financiamento que a mesma tem criado um pouco por todo o Mundo, obrigou a Chamartín Imobiliária a manter em «stand-by» alguns dos seus projectos, disse o presidente da empresa, Jaime Lopes, à margem da apresentação do Dolce Vita Coruña.

«Com toda esta crise financeira, têm surgido problemas de financiamento», admite Jaime Lopes, acrescentando que «é necessário parar e pensar bem nos novos projectos, porque este é um momento de grande incerteza. É muito difícil saber onde vamos estar daqui a um ano, o que vai acontecer, como estarão os mercados, as taxas de juro».

Para o presidente da empresa portuguesa, «é preferível ponderar e esperar pelo momento mais oportuno para avançar do que avançar sem certezas. Hoje em dia é muito difícil tomar decisões neste contexto. Temos vários projectos, mas estamos à espera de um momento melhor para avançar».

A marca Dolce Vita tem 15 centros comerciais na Península Ibérica e tem em curso um plano de expansão da rede na Europa, incluindo-se neste a Itália (para onde estão planeados 10 centros) e também a Polónia. A Chamartín, empresa proprietária dos centros comerciais Dolce Vita, prevê investir 1,5 mil milhões de euros na expansão internacional, a partir de Portugal, sendo a meta chegar a 2012 com 30 centros comerciais a operar e 10 em desenvolvimento.

Próximos projectos

Itália tem sido, de resto, um dos locais onde a Chamartín tem encontrado algumas dificuldades em termos de financiamento. «Os bancos dizem-nos que gostam muito dos nossos projectos, mas agora não, não é uma boa altura. Um centro comercial exige um investimento muito elevado, os bancos não decidem aprová-lo de ânimo leve», explicou ainda o responsável.

Certos estão, para já e para Portugal, em fase avançada, dois novos centros, o Dolce Vita Tejo, em Lisboa, e o Dolce Vita Braga, com abertura marcada para Maio e Outubro de 2009, respectivamente. O Dolce Vita Tejo está já comercializado a 90% e contará com um pólo de atractividade adicional: o Kidzânia, um centro de diversão e actividades para os mais pequenos, que promete fazer as delícias dos miúdos.

Há também um projecto para Faro, no valor de 130 milhões de euros e com 50 mil m2, mas a empresa está ponderar qual o melhor momento para o lançar, tendo em conta a actual conjuntura.

Para Espanha existem também mais projectos, incluindo Badajoz e Valladollid, (com investimentos de 150 e 130 milhões de euros, respectivamente).

Ainda assim, o presidente da Chamartín Imobiliária está mais optimista quanto às expectativas de consumo de Portugal do que de Espanha, tendo em conta que o país vizinho está a ser mais afectado pela crise e pelo desemprego do que o nosso.

* A jornalista viajou a convite da Chamartín Imobiliária
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