O ex-presidente norte-americano Donald Trump confirmou esta quarta-feira que pretende recorrer da sentença que na terça-feira o considerou culpado de abuso sexual e difamação da jornalista E. Jean Carroll.
De acordo com o veredicto proferido pelo júri, Trump ficou obrigado a pagar cinco milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros) a Carroll, que disse ter levado o caso ao tribunal "para limpar o nome e recuperar a vida", antes de dedicar a sentença a "todas as mulheres que sofreram".
Carroll, agora com 79 anos, acusou o magnata Republicano de a ter violado em 1996 num vestiário de uma loja de roupa íntima em Manhattan.
“Espero que a justiça seja feita no recurso”, reagiu Trump, numa mensagem publicada esta quarta-feira na rede social Truth Social, ao seu estilo característico de usar letras maiúsculas, repetindo a versão de que nem sequer conhecia a jornalista.
Trump defendeu que o julgamento foi uma “farsa política” que se destina a prejudicar a sua recandidatura à Casa Branca nas eleições de 2024.
“Toda esta caça às bruxas tem a ver com interferência eleitoral”, escreveu Trump.
Na terça-feira, a equipa de campanha de Trump também aludiu à natureza política do julgamento, reconhecendo implicitamente que pode afetar a candidatura de Trump, que aparece à frente nas sondagens entre os candidatos Republicanos.