Na semana passada, a Standard and Poor's (S&P) subiu o rating de longo prazo de Portugal, de 'BB' para 'BB+'.
A agência acredita que a “moderada recuperação económica” irá ajudar Portugal a cumprir a meta do défice e sair dos Procedimentos por Défice Excessivo. Mas alerta que o défice estrutural irá aumentar, ao invés de diminuir, por causa das eleições legislativas, que, segundo a Fitch, não permitiram mais medidas orçamentais.
A Fitch sublinha que não espera grandes alterações na política fiscal ou económica depois das legislativas, mas alerta para alguma incerteza decorrente de vários cenários pós-eleitorais que estão em cima da mesa.
"Alcançar a meta do défice da UE e da redução de dívida será um desafio, em parte porque algumas das medidas recentes de consolidação orçamental vão desaparecer"
Para a Fitch, o falhanço da venda do Novo Banco na data prevista também cria incertezas sobre o valor da instituição e a qualidade dos seus ativos. Como a venda será feita depois de conhecidos os resultados dos testes de stress, a agência sublinha os custos adicionais para a banca.
Apesar de não antecipar que haja matéria para uma revisão em baixa da perspetiva, a agência de notação sublinha que um relaxamento da postura orçamental, um crescimento económico mais fraco e a falta de progresso em colmatar o desiquilíbrio da balança comercial podem trazer uma revisão em baixa do rating.