A posição da Finlândia sobre o resgate financeiro a Portugal será da responsabilidade do ministro das Finanças, Jyrki Katainen, afirmou esta quarta-feira fonte do gabinete do governante, citada pela Bloomberg.
De acordo com a mesma fonte, citada pela agência de informação financeira, o Parlamento finlandês deverá dar o seu parecer sobre se apoia, ou não, o resgate financeiro a Portugal antes de 16 de Maio, o dia da reunião dos ministro das Finanças da zona euro destinada a discutir o apoio.
Neste encontro a Finlândia será representada pelo actual ministro das Finanças, Jyrki Katainen. O parlamento finlandês deverá votar favoravelmente a ajuda à República Portuguesa, refere a Bloomberg.
A especulação sobre a decisão finlandesa está a levantar alguma polémica, uma vez que a primeira-ministra demissionária, Mari Kiviniemi (centrista), e o ministro das Finanças, Jyrki Katainen (conservador), discordam sobre a forma como a Finlândia deverá lidar com a questão em torno do pacote de resgate proposto pela União Europeia a Portugal.
A falta de aprovação, pela Finlândia, pode pôr em causa ajuda financeira a Portugal, numa altura em que o nervosismo alastrou à Europa na sequência das eleições finlandesas, no passado domingo.
O partido conservador Kokoomus venceu as eleições legislativas finlandesas no domingo. A força política liderada pelo ministro das Finanças cessante finlandês, Jyrki Katainen, obteve 20,4% dos votos e 44 dos 200 assentos parlamentares do Eduskunta (Parlamento finlandês), mais dois cargos parlamentares do que o Partido social-democrata finlandês (42), que conquistou 19,1% dos votos.
O grande vencedor da jornada eleitoral é o partido nacionalista de extrema-direita Perussuomalaiset (Verdadeiros Finlandeses, em português), que conseguiu 19% dos votos, o que representa 39 assentos parlamentares, oito vezes mais do que nas eleições legislativas de 2007, um feito sem precedentes na história da Finlândia.
Finlândia ajuda ou não Portugal? «Eu é que decido»
- Redação
- PGM
- 20 abr 2011, 19:09
Ministro das Finanças actual é que vai tomar a decisão final
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