Ajuda: Sócrates pede responsabilidade ao PSD - TVI

Ajuda: Sócrates pede responsabilidade ao PSD

«Ânsia pelo poder» deve ficar de lado

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Portugal tem estar politicamente concentrado no pedido de assistência financeira. Por isso, o secretário-geral do PS apela à «responsabilidade» do PSD neste processo.

«O que o país precisa é que todas as lideranças políticas se concentrem na defesa dos interesses de Portugal nesta negociação tão exigente», afirmou José Sócrates, citado pela Lusa. Entretanto, o próprio director do FMI já veio dizer que «os europeus têm de fazer o seu trabalho» no que toca ao problema da dívida soberana, cumprindo os programas de ajuda externa em curso.

«O que eu espero, o que eu espero sinceramente é que aqueles que de forma irresponsável sabotaram, puseram em causa uma solução mais favorável para Portugal e fizeram-no apenas por calculismo político não voltem a comportar-se da mesma forma agora que o país está a negociar com as instâncias internacionais, numa negociação, como é sabido, muito difícil».

Segundo José Sócrates, «o país exige neste momento responsabilidade e concentração naquilo que deve ser uma negociação à altura da circunstância».

Não é tempo de «guerrilha política»

«Ponhamos, portanto, de lado quer a ânsia pelo poder, quer a disputa eleitoral, naquilo que é o objectivo absolutamente essencial, uma boa negociação». «Aproveitar este período de negociação para tentar ganhar dividendos políticos isso é tudo o que o país não precisa».

Sem citar nomes, Sócrates apontou o dedo a «esses que apenas querem fazer da guerrilha política ao Governo o seu objectivo verdadeiramente não estão a pensar em Portugal, estão a pensar apenas em eleições».

Além de o Executivo demissionário ter assumido a « liderança da negociação com as instituições internacionais», «definiu um modelo de acompanhamento e de informação aos partidos políticos e às instituições políticas».

Assim, «todos precisam de acompanhar as negociações porque este é o momento em que o país reclama de todas as lideranças políticas o mínimo de responsabilidade, para que possa haver uma unidade nacional na negociação com as instâncias internacionais».

O secretário-geral do PS falava no início da reunião da Comissão Política Nacional socialista, que está reunida num hotel de Lisboa para aprovar os restantes órgãos do partido, saídos do Congresso do último fim-de-semana, e discutir os cabeças-de-lista às eleições legislativas de 5 de Junho.
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