Portugal está melhor do que a Grécia e Irlanda? - TVI

Portugal está melhor do que a Grécia e Irlanda?

Silva Pereira

Silva Pereira diz que acordo alcançado com troika mostra que o nosso país está melhor dos que os outros que já receberam ajuda

O ministro da Presidência considerou esta quarta-feira que o acordo com a «troika» demonstra que a situação económica de Portugal é melhor do que a grega ou irlandesa, ainda que o país tenha sido arrastado «desnecessariamente» para o pedido de assistência financeira internacional.

«As razões que determinaram este pedido de ajuda externa de Portugal são bem distintas daquelas que são conhecidas nos casos da Grécia e Irlanda. Certamente que são essas diferenças de substância quanto à situação de cada um dos países que determinam as diferenças nos programas de ajustamento», sustentou o ministro da Presidência, citado pela Lusa.

Pedro Silva Pereira falava em conferência de imprensa, depois de ter recebido delegações do Bloco de Esquerda, PCP e «Os Verdes» na Presidência do Conselho de Ministros - encontros que se destinaram a apresentar o teor do acordo alcançado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O que contrasta?

De acordo com a tese do ministro da Presidência, do grupo de países que recorreu à ajuda externa, Portugal foi o único a não ser sujeito e medidas adicionais logo no ano em que o acordo internacional é concluído.

«Isso nunca aconteceu em nenhum outro país que pediu ajuda externa e é o melhor reconhecimento do trabalho que estava já a ser feito pelo Governo e [prova] que a situação de Portugal não é comparável com a de outros países que se viram forçados a recorrer à ajuda externa», advogou o membro do executivo.

Pedro Silva Pereira referiu depois em Portugal não se revelaram necessárias medidas como a redução do salário mínimo na ordem dos 12,5%, que aconteceu na Irlanda, ou a eliminação de prestações salariais, como ocorreu na Grécia.

«A situação económica portuguesa, tendo evidentemente problemas, é mais favorável», declarou, advertindo, no entanto, que também não se poderá concluir que Portugal fez bem em rejeitar o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
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