Arménio Carlos, da Comissão Executiva da CGPT afirmou esta segunda-feira que as recomendações do relatório da OCDE «são inaceitáveis».
«Não é com a promoção de mais injustiças e desigualdades que se dinamiza a economia», afirmou, no final da reunião da concertação social, considerando que estas medidas, a serem aplicadas, iriam «agudizar ainda mais a situação».
Para o responsável, estas recomendações visam «pressionar a opinião pública a aceitar como inevitável sacrifícios que PS e PSD estão a congeminar para viabilizar o Orçamento do Estado».
Arménio Carlos critica ainda que não haja combate à fraude e à evasão fiscal como forma de aumentar as receitas, frisando que, «no primeiro semestre deste ano saíram 1200 milhões de euros sem pagar um cêntimo de impostos».
O responsável acusa ainda o BCE (Banco Central Europeu) de estar a «fomentar a especulação dos mercados financeiros». «O BCE está a empresar aos bancos a 1 por cento, para depois eles emprestarem aos estados a 6 por cento», criticou, questionando «por que motivo não empresta o BCE directamente aos estados?».
Sobre o facto de o presidente da CIP, António Saraiva, ter afirmado que não acredita que o salário mínimo chegue aos 500 euros já em 2011, conforme prometeu o Governo, Arménio Carlos afirmou que «a CGTP não aceita alteração à entrada em vigor do aumento para 500 euros». «Se há que cortar, então corte-se a quem tem mais», afirmou, criticando os que dizem não ser possível o aumento.
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OCDE: medidas vão «agudizar ainda mais a situação», diz CGTP
- Redação
- 27 set 2010, 20:34
«Não é com a promoção de mais injustiças e desigualdades que se dinamiza a economia», afirmou Arménio Carlos
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