FMI diz que «teria feito o mesmo» no 1º resgate à Grécia - TVI

FMI diz que «teria feito o mesmo» no 1º resgate à Grécia

Christine Lagarde (EPA/GIAN EHRENZELLER)

Fundo diz que «erros» devem ser avaliados no contexto de uma «crise excecional» e da urgência em atuar

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) esclareceu esta quinta-feira que os «erros» no primeiro resgate à Grécia devem ser avaliados no contexto de uma «crise excecional» e da urgência em atuar, considerando que, com a mesma informação, «teria feito o mesmo».

Erros no resgate à Grécia: Bruxelas discorda do FMI

«O relatório avalia como se podiam ter feito as coisas de maneira diferente. Mas, neste momento, com a mesma informação, teríamos feito o mesmo», afirmou Gerry Rice, porta-voz do Fundo, na sua conferência de imprensa diária, respondendo às perguntas dos jornalistas sobre o documento divulgado na quarta-feira em que o FMI reconhece «falhanços notáveis» no primeiro programa de resgate da Grécia.

No entanto, Gerry Rice afirmou que «há que recordar a intensa crise da Grécia, em muitos casos sem precedentes, e que era preciso atuar rapidamente», enfatizando que «é importante avaliar o contexto».

Além disso, acrescentou, o relatório do FMI sobre o primeiro resgate à Grécia, aprovado em 2010 juntamente com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, supõe «um olhar para o passado» e que «o novo programa internalizou as lições do primeiro».

A Comissão Europeia disse hoje «discordar fundamentalmente» de algumas das conclusões do relatório divulgado na véspera pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que reconhece alguns «falhanços notáveis» no primeiro plano de resgate à Grécia.

Questionado sobre o documento do FMI, o porta-voz dos Assuntos Económicos alegou que o relatório foi elaborado «por alguns técnicos do FMI» e não reflete uma «posição oficial» da instituição, com quem, asseverou, o executivo comunitário mantém uma «relação de trabalho construtiva», incluindo no programa de assistência a Portugal.

Sublinhando que Bruxelas discorda de várias (e importantes) conclusões do documento, como a questão da reestruturação da dívida grega, Simon O¿Connor garantiu ainda que o mesmo não alterará a forma de trabalho no seio da 'troika', considerando que a UE e o FMI estão a trabalhar muito bem, incluindo nos casos dos outros países sob programa de assistência financeira, designadamente Portugal e Irlanda.
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