Já não há nenhuma medida inteligente que o Governo possa tomar para resolver a crise de dívida pública em que nos encontramos. A situação escapou ao controlo do executivo, depois de o país se ter «estampado a 300 à hora».
A comparação é do ex-ministro das Finanças de José Sócrates. Luís Campos e Cunha, que falava na conferência «2011: o ano do fim ou o ano zero?», organizada pelo «Diário de Notícias» com a SEDES e a CGD.
Questionado pelos jornalistas sobre qual a medida mais inteligente que o Governo poderia tomar nesta fase, para reconquistar a confiança dos mercados e fazer baixar os juros da dívida pública, o economista respondeu que «a atitude mais inteligente teria sido reduzir a despesa em 2009».
Uma solução passada, que já não pode ser posta em prática. Mas, diz, «quando você se estampa a 300 à hora, a única coisa que lhe posso dizer é que não devia ter ido a 300 à hora», respondeu.
No mesmo encontro, o economista considerou cada vez mais inevitável um pedido de ajuda externo, mas avisou que, quando um país pede auxílio, isso tem um peço elevado ao nível da imagem e credibilidade, porque a reputação fica arruinada por muito tempo.
Campos e Cunha deixou ainda um recado ao PSD, que deixou passar o Orçamento do Estado para este ano, mas que não deve deixar passar o de 2012.
O ex-ministro de Sócrates considera ainda que esta é uma crise política e que é impossível para Portugal sair do euro.
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«Portugal estampou-se a 300 à hora»
- Paula Martins
- 26 fev 2011, 09:52
![Campos e Cunha](https://img.iol.pt/image/id/13390893/1024.jpg)
Luís Campos e Cunha já não vê nenhuma medida que o Governo possa tomar para corrigir a situação. «Não devíamos ter ido a 300 à hora»
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