O presidente venezuelano, Hugo Chavez, prolongou esta sexta-feira por mais 60 dias o estado de «emergência eléctrica» de forma a enfrentar a crise energética do país causada principalmente pela maior seca desde 1947.
«Os responsáveis do sector da energia recomendaram-me que fosse prolongado por 60 dias o estado de emergência e eu acolhi essa recomendação», disse Chavez numa comunicação televisiva, citado pela Lusa.
Hugo Chavez decretou o estado de «emergência eléctrica» a 8 de Fevereiro com o agravamento da seca no país, apesar da oposição assegurar que outro factor determinante para a crise foi a falta de previsão e investimento no sector energético ao longo dos onze anos de administração «chavista».
O estado de emergência consiste em cortes de várias horas do fornecimento de energia em todo o país, com excepção de Caracas, além de prémios ou sanções aos consumidores que, respectivamente, diminuam ou aumentem os seus consumos.
A seca afectou principalmente a barragem de Guri, que gera 70% do consumo de electricidade da Venezuela, apesar de informações meteorológicas indicarem que já começou a chover na bacia do rio Caroni, que alimenta a represa.
No entanto, os responsáveis do sector eléctrico da Venezuela admitem que as restrições possam ser prolongadas até Outubro.
Venezuela: «emergência eléctrica» vai durar mais dois meses
- Redação
- RL
- 9 abr 2010, 12:07
Corte de fornecimento de energia por todo o país, com sanções para quem aumentar consumo, dura desde Fevereiro
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