Emprego: parceiros sociais satisfeitos com reunião com Governo

Patrões e sindicatos saíram esta quarta-feira da primeira ronda negocial com o Governo satisfeitos com as discussões relativas às matérias de «empregabilidade» e «emprego conveniente», escreve a Lusa.

A ministra do Trabalho, Helena reuniu-se com os parceiros sociais. Em cima da mesa estiveram as medidas de empregabilidade inscritas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), entre outras matérias.

No final do encontro, Helena André, deixou em aberto qualquer alteração às regras de atribuição ou manutenção do subsídio de desemprego, apesar de estas estarem previstas no PEC.

Já o secretário-geral da UGT, João Proença, valorizou o debate em torno da criação do reforço da empregabilidade, mas já avisou que não aceitará «qualquer variação» quer no valor do subsídio de desemprego, quer na duração da atribuição.

Arménio Carlos, executivo da CGTP, por sua vez deixou claro que «tudo o que sejam medidas que apontem para a redução das prestações sociais contará com a nossa oposição». A CGTP defende, também, que o Governo exija o alargamento da redução do défice «para lá de 2013».

Do lado dos patrões, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva, disse que a prioridade, neste momento, deverá ser a de encontrar medidas que possam «trazer para o mundo do trabalho todos aqueles que se afastaram dele, pela via do desemprego».

Os parceiros sociais têm agora 15 dias para apresentar propostas ao Governo sobre as matérias discutidas, para posterior discussão em concertação social. Ao mesmo tempo, vão também propor a proibição dos estágios não remunerados, uma matéria que reúne o consenso de todas as partes mas que falta legislar.