[Notícia actualizada]
Vítor Constâncio mostrou-se esta quarta-feira contra uma redução dos salários nominais em Portugal e diz mesmo que um corte provocaria «problemas sérios».
Para o Governador do Banco de Portugal «um eventual corte de salários provocaria um agravamento da recessão e uma redução de consumo», além do inevitável «aumento da instabilidade financeira, decorrente de um aumento de incumprimentos», disse, no Parlamento, perante a comissão de Orçamento e Finanças.
Segundo o responsável, essa ideia defendida por alguns economistas [como Vítor Bento] deve ser, desde já, posta de parte, até porque para Constâncio essa não seria a melhor forma da economia portuguesa ganhar competitividade face aos pares europeus.
Desemprego leva a «problemas difíceis de resolver»
O Governador do Banco de Portugal fez alusão ainda à evolução dos custos unitários do trabalho em Portugal, nos últimos cinco anos, e frisou que ficou abaixo da média da Zona Euro.
«Registámos uma taxa de crescimento que, do ponto de vista relativo, é apenas de um terço face ao registado noutros países como a Grécia ou a Espanha», frisou.
O responsável falou ainda do aumento do desemprego e sublinhou que «se os números apontados se vierem a verificar vão haver problemas sociais e económicos difíceis de resolver». O que constitui «um enorme desafio» para as sociedades.
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Constâncio mostra-se contra redução dos salários em Portugal
- Carla Pinto Silva
- 27 mai 2009, 13:17
![constâncio](https://img.iol.pt/image/id/8703023/1024.jpg)
Eventual corte de salários provocaria um agravamento da recessão, diz Governador do Banco de Portugal
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