«Hungria apresenta menor risco que Portugal» - TVI

«Hungria apresenta menor risco que Portugal»

Hungria

Ex-ministro húngaro diz que país já fez o mais difícil e começou consolidação mais cedo

O ex-ministro das Finanças húngaro, que abandonou o cargo em finais de Maio, considera que as finanças públicas da Hungria apresentam menos riscos que as portuguesas, porque o país começou antes a consolidação orçamental.

O risco da Hungria face a Portugal é «certamente inferior. Quer olhando para o défice quer para a tendência, que aqui é de diminuição», disse Peter Oszko em entrevista à Lusa.

«A Hungria começou o processo de consolidação orçamental um ano antes de Portugal e já fez a parte mais difícil do processo de consolidação, em 2009», acrescentou na entrevista à Lusa o ex-ministro que, até assumir funções em 2009, liderava o escritório da consultora Deloitte na Hungria.

«É por isso que insisto que a Hungria coloca menos riscos que Portugal. Porque já fizemos tudo o que politicamente era mais difícil», rematou.

«A posição da Hungria está muito mais consolidada desde que fizemos no ano passado um enorme ajustamento fiscal, de quatro por cento do produto interno bruto. O défice no ano passado foi de 3,9%, um numero decente comparado com qualquer outro pais - não só Itália, Portugal ou Espanha - mas também com os outros países da região», afirmou.

«A Hungria não deve ser criticada pela situação fiscal. É mais o nível de acumulação de dívida, e de dívida externa, que coloca alguns riscos para o país, mas mesmo aí a tendência é positiva», acrescentou.

Membro de um governo de tecnocratas, que disse no início que não queria ser reeleito, Peter Oszko foi o ministro que cortou o 13º mês aos húngaros ¿ incluindo aos pensionistas -, aumentou o IVA em 5% e cortou diversas prestações sociais.
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