Portugal é sem dúvida diferente da Grécia mas se os mercados decidirem testar estas diferenças, as fragilidades crónicas da economia podem prejudicar a protecção que dá a diferença entre os países.
De acordo com um artigo da revista «The Economist», disponível esta quinta-feira na sua página oficial na internet, Portugal e Grécia nada têm a ver um com o outro, mas a economia apresenta fragilidades crónicas - como o baixo crescimento, uma perda drástica de competitividade e um alto endividamento público e privado - que os mercados podem utilizar para aumentar os juros da dívida.
O artigo de análise sobre Portugal, intitulado «A importância de não ser a Grécia», apresenta as diferenças fundamentais entre os países e «um governo desesperado em persuadir os mercados que [o país] é melhor do que [aquilo que] eles temem».
No entanto, a empresa contraria economistas como Simon Johnson e Nouriel Roubini, dizendo que Portugal está «longe de ser a próxima crise de divida pública», escreve a Lusa.
«Portugal está melhor que a Grécia no seu défice orçamental (9,4 por cento do PIB em 2009 comparando com 12,7 por cento) e na dívida pública (85 por cento do PIB este ano, contra 124 por cento da Grécia). Ao contrário da Grécia, as suas contas públicas são credíveis e têm uma história de adoptarem medidas de consolidação orçamental duras quando é necessário», diz a revista.
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The Economist: «Portugal é sem dúvida diferente da Grécia»
- Redação
- CPS
- 22 abr 2010, 18:49
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Revista diz que Portugal adopta medidas de consolidação duras quando é necessário
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