Strauss-Kahn: «Foco do FMI está apenas na Grécia»

O director geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, disse esta quinta-feira que não existem razões para a instituição se focar, no que à dívida pública diz respeito, noutros países para além da Grécia.

«Estamos preparados para ajudar outros países se for preciso, mas não vemos necessidade, nestes dias, de nos focarmos em nenhum outro país que não a Grécia», disse aos jornalistas, em Washington, acrescentando que as autoridades já têm «dados sólidos» sobre as contas gregas.

O director do FMI descreveu ainda, citado pela agência EFE, a situação da Grécia como «muito séria», depois do gabinete de estatísticas europeu, Eurostat, ter avançado esta quinta-feira que o défice do país ainda é pior do que se pensava. Ou seja, afinal não é de 12,7% mas de 13,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Um número que, ainda assim, não é definitivo, o que deixa antever que possa ser ainda maior.

Portugal, Espanha e a Irlanda estão a ser arrastados pela acentuar da crise na Grécia, registando uma forte alta nas «yields» das suas obrigações.

Novo imposto aos bancos deve reduzir risco de crise

«Se o problema é pior do que o previsto, devemos levá-lo em consideração e torná-lo parte das conversas com as autoridades gregas», sublinhou.

Dominique Strauss-Kahn disse ainda que a aplicação de impostos internacionais às entidades financeiras «pode reduzir a probabilidade de outra crise mundial».