O Banco Central Europeu (BCE) advertiu esta quinta-feira para o risco de poderem ser permanentes algumas perdas de emprego por causa da crise e pediu aos países da Zona Euro que acelerarem as reformas do mercado laboral.
Depois de o emprego ter caído 2,6% entre meados de 2008 e o final de 2009, alguns sectores industriais «podem precisar agora de ser permanentemente reduzidos», disse o BCE no seu boletim mensal de Julho, acrescentando que a crise global provocou um recuo efectivo de dois anos no crescimento do emprego, escreve a Lusa.
A taxa de desemprego da Zona Euro evoluiu desde de Março de 2008 de uma queda de 7,8% a 10% até ao final de Maio deste ano, com a perda de cerca de 3,9 milhões de empregos.
«Sem a realocação sectorial e uma maior flexibilidade salarial, a Zona Euro pode levar muitos anos para gerar um crescimento do emprego suficiente para absorver os trabalhadores actualmente deslocados», disse o BCE.
O desemprego juvenil tem sido particularmente atingido, quase duplicando para 20% nos 16 Estados membros da Zona Euro e atingindo picos de 40% em Espanha, 35% na Eslováquia e cerca de 30% na Irlanda e na Itália.
«O crescimento do emprego dependerá também de uma recuperação da competitividade: na empresa, no sector e em termos nacionais», concluiu.
BCE: «Há risco de perdas de emprego depois da crise»
- Redação
- CPS
- 15 jul 2010, 13:03
Autoridade monetária pede aos países da Zona Euro para acelerarem reformas do mercado laboral
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