Banco de Portugal prevê aumento de spreads e maior crise de crédito

O Banco de Portugal assenta as suas projecções para a economia portuguesa em 2011 em pressupostos, traçados com base na informação já disponível. No Boletim Económico de Outono, o banco central diz prever aumento dos spreads, crédito ainda mais apertado, e juros da dívida pública em alta.

«Em relação às taxas de juro de longo prazo da dívida soberana portuguesa, as actuais hipóteses apontam para uma subida continuada ao longo do horizonte de projecção», refere.

A situação no mercado de dívida soberana «continuará a condicionar o acesso do sistema bancário nacional aos mercados internacionais de dívida por grosso», condicionamentos que, até agora, «se transmitiram de forma desfasada e limitada às condições de financiamento das empresas e dos particulares».

No entanto, em 2011 isso deverá mudar. «Espera-se agora uma transmissão mais intensa, tanto pelo aumento dos spreads como pela adopção de critérios mais exigentes na aprovação de novo crédito».

O cenário do BdP relativamente à evolução das taxas de câmbio implicam uma depreciação do euro em 2011, quer em termos efectivos quer em relação ao dólar, embora menor do que aquela que se antecipa para 2010.

Em relação ao preço do petróleo, a informação disponível nos mercados de futuros aponta para uma subida tanto em dólares como em euros, embora de magnitude inferior à antecipada para 2010.

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