Escapar à crise: dizemos-lhe para onde fugir - TVI

Escapar à crise: dizemos-lhe para onde fugir

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China, Austrália, Qatar, Brasil ou Alemanha: cinco países em crescimento, à procura de trabalhadores estrangeiros e onde pode ter qualidade de vida

Aumento de impostos, corte de salários, menos benefícios e apoios¿ se está farto da austeridade do país e só lhe apetece fugir, saiba que ainda há «oásis no meio do deserto»: países onde a economia cresce e onde a vida tem qualidade. Com praticamente todo o mundo desenvolvido em crise ou ainda a convalescer dela, o jornal «i» reuniu cinco bons exemplos.

Brasil: a economia está bem de saúde e recomenda-se. Espera-se que esta economia emergente que é já a oitava maior do mundo, se expanda a um ritmo de 4% em 2011 e 2012. E as portas estão abertas para quem quiser entrar. O país precisa de profissionais nas áreas das engenharias, investigação científica e turismo. Tem a vantagem da língua comum e a desvantagem de ter alguma insegurança. Saiba que é difícil entrar sem visto e sem emprego, por isso, trate de tudo antes de ir.

Qatar: é o país que mais vai crescer em todo o mundo em 2011, cerca de 18%, de acordo com a previsão do FMI. O país, cujos negócios são liderados pelo gás, petróleo e construção, está sedento por profissionais estrangeiros, sobretudo nas áreas da gestão, mercados financeiros e engenharia. A imigração é controlada e é preciso um «padrinho» para visitar ou trabalhar no emirado, que em último caso pode ser a empresa empregadora (contacto prévio é fulcral, a não ser quando as qualificações são muito altas). A ualidade de vida não é má, mas prepare-se para as diferenças culturais que terá de enfrentar no emirado.

Austrália: tem um dos mais elevados níveis de qualidade de vida e está à procura de estrangeiros qualificados. A indústria mineira é um motor da economia e há aí grandes oportunidades. Há também procura por pessoas em áreas técnicas, como engenharias, tecnologias de informação ou medicina. Aproveite a oportunidade porque a Austrália costuma ser muito controladora em relação à imigração. A economia deverá crescer 3,5% em 2011 e 2012. Se não fala inglês, nem tente.

Alemanha: dos grandes europeus, é dos que está a recuperar melhor da crise. Continua a ser o maior exportador e vai crescer acima de 2% nos próximos dois anos. Em termos de qualidade de vida tem tudo o que um país (muito) desenvolvido pode oferecer e surge sempre nos primeiros dez lugares. O custo de vida é alto, mas os salários e os apoios sociais também. É fundamental falar alemão e se falar mandarim, também é uma boa ajuda. Para profissões técnicas podem ser precisos exames e estágios locais mas não é preciso visto de trabalho.



China: é o motor da retoma e a segunda maior economia do mundo, tendo ultrapassado o Japão este ano, e é também o país no mundo que vai criar mais oportunidades de negócio e de emprego nos próximos dois anos. Deverá crescer, de acordo com as estimativas do Fundo Monetário Internacional, cerca de 10% em 2011 e em 2012. As multinacionais só estão interessadas em estrangeiros com experiência e/ou uma rede de contactos no país. Saber mandarim ou estar disposto a dominar a língua é imprescindível. É fácil criar negócios e redes de contactos, especialmente entre estrangeiros, mas o ambiente é duro, há muita poluição, corrupção e limites à liberdade de expressão (embora os estrangeiros tenham grande tolerância).
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