A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) faz várias recomendações ao Governo no seu relatório sobre a reforma do Estado. No plano fiscal, a organização sugere que, a médio prazo, e sem penalizar as receitas do Estado, o Governo português deve considerar a redução do IRS.
Em contrapartida, a OCDE sugere que se aumentem outros impostos, como Imposto Municipal sobre imóveis (IMI) ou impostos relacionados com questões ambientais.
Para maximizar a criação de emprego, o foco deve ser colocado na redução das contribuições dos empresários para a Segurança Social (TSU) no caso dos trabalhadores com salários mais baixos.
No que toca ao IVA, a recomendação da OCDE passa por alargar a base contributiva, aplicando a taxa normal do imposto, de 23%, a uma lista mais extensa de produtos e serviços, e reduzindo ainda mais a despesa fiscal.
A OCDE diz que o Governo deve continuar a alargar o uso de taxas relacionadas com o ambiente, criando outras taxas, por exemplo sobre poluentes e pesticidas.
A lista de isenções e descontos deve ser revista, com o objetivo de eliminar gradualmente os mais caros e ambientalmente prejudiciais. Por exemplo, a OCDE quer que as taxas sobre as águas e resíduos sejam transmitidas ao cliente final.
No IRC, é necessário concluir a reforma, para simplificar o imposto e impulsionar o investimento e a competitividade.
Por fim, fica a recomendação para que seja integrada a cobrança de contribuições para a Segurança Social e de impostos.
Impostos: OCDE recomenda baixar IRS e IRC
- Paula Martins
- 14 mai 2013, 11:06
IVA a 23% deve ser alargado e devem ser criadas novas taxas ambientais
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