Mais impostos: pobres e classe média são os mais afectados - TVI

Mais impostos: pobres e classe média são os mais afectados

Há cada vez mais portugueses a pedir ajuda alimentar

União das Misericórdias está preocupada com medidas de contenção para reduzir o défice e teme que mais portugueses precisem de ajuda

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O presidente da União da Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, afirmou esta quinta-feira os mais pobres e a classe média serão os «mais afectados» com as medidas de contenção para reduzir o défice.

Ressalvando que ainda não conhece as medidas oficialmente, Manuel Lemos está convencido de que irão aumentar os pedidos às Misericórdias: «Nós temos a convicção de que muita gente está no limite. Portanto, se mexerem nesse limite, sobretudo as classes mais baixas vêm-nos bater à porta».

«Estas notícias ainda não estão totalmente confirmadas, mas partindo do princípio de que se confirmam, serão os mais pobres e a classe média os mais afectados», disse à agência Lusa o responsável, manifestando-se «bastante» preocupado com esta situação.

Manuel Lemos adiantou que tem estado a seguir «com muita atenção a evolução da situação social em Portugal», que se tem reflectido «no aumento da procura das misericórdias».

«Mas também é preciso compreender que vivemos um momento particularmente difícil e que temos todos de fazer sacrifícios. Só espero que sejam mesmo todos a fazer sacrifícios».

A posição das misericórdias «é a de sempre: Colaborar com o Governo e ajudar quem precisa», sublinhou, alertando que Portugal «não pode regredir no apoio social».

«É fundamental que o Governo e os partidos políticos estejam conscientes disso».

Questionado pela Lusa sobre como as misericórdias têm resistido à crise, Manuel Lemos comentou: «A nossa capacidade de adaptação é muito grande, mas às vezes choca-nos muito alguma indiferença e alguma incompreensão de alguns organismos de Estado em relação a nós».

«A nossa situação não é fácil neste momento. Temos conseguido responder, mas vamos ver durante quanto tempo porque os nossos recursos não são ilimitados».
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