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Processos

Carga fiscal elevada, burocracia e performance do mercado penalizam classificação nacional

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Portugal aparece na 24ª posição da lista dos melhores países para fazer negócios. Uma queda de cinco posições no ranking elaborado pela prestigiada revista «Forbes», que analisa 128 países.

A lista é liderada pela Dinamarca, e o pódio fica completo com Hong Kong e Nova Zelândia.

O estudo levou em conta 11 indicadores como carga fiscal, performance do mercado, liberdade individual, corrupção, tecnologia, inovação, protecção aos investidores, direitos de propriedade, liberdade comercial e monetária, etc.

Portugal lidera liberdade individual

Portugal classificou-se no primeiro lugar em liberdade individual, e conseguiu boas classificações também em liberdade monetária e comercial (11ª e 12ª, respectivamente).

Nos direitos de propriedade, o país ficou na 23ª posição, na tecnologia em 30ª e na protecção aos investidores e corrupção na 31ª.

No que se refere a burocracia, aparecemos no 43º lugar, e na carga fiscal, em 57º. A pior posição foi conseguida na performance de mercado, onde não conseguimos ir além da 69ª posição.

O top 10 tem ainda lugar para Canadá, Singapura, Irlanda, Suécia, Noruega, Estados Unidos e Reino Unido. Os EUA caem assim da segunda para a nona posição, enquanto que Hong Kong faz o caminho inverso. O Reino Unido também caiu do sexto para o d

Seguem-se Finlândia, Austrália, Holanda, Bélgica, Suíça, Israel e Luxemburgo, e à frente de Portugal estão ainda Islândia, Estónia, Alemanha, França, Chipre e Chile.

No que toca a explicações, o relatório da «Forbes» especifica que, apesar de o Reino Unido ter gozado do maior período de expansão económica de sempre, a crise financeira global atingiu-o com força em 2008, devido à preponderância do seu sector financeiro.

Já para a queda dos EUA, a «Forbes» aponta uma eleva carga fiscal e uma fraca liberdade comercial e monetária. Para além disso, o clima de negócios para empresários e investidores na maior economia do mundo, é inferior à de outros países. A taxa de 35% no imposto sobre as empresas é a maior entre todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Mas os Estados Unidos continuam à frente no que toca à inovação.

Carga fiscal leve salva Irlanda

Hong Kong, por sua vez, ficou entre os primeiros três lugares no que respeita a impostos, protecção aos investidores e liberdade comercial e monetária.

A subida meteórica da Irlanda, que passa da 14ª posição para a sexta, apesar dos seus problemas de dívida pública, fica a dever-se a uma baixa carga fiscal. A Irlanda tornou-se numa espécie de paraíso para as empresas britânicas ao cobrar um imposto empresarial de apenas 12,5%.

A grande vencedora desta lista, a Dinamarca, mantém a mesma posição pelo terceiro ano consecutivo. Ficou nos primeiros cinco lugares em quatro das 11 categorias avaliadas neste estudo, incluindo direitos de propriedade, tecnologia, corrupção e liberdade individual.

O pior país para fazer negócio, no final da lista, é a Venezuela, antecedido imediatamente pelo Zimbabué e pelo Chad.
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